Após reunião entre o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), membros da administração municipal e do fórum empresarial, houve o anúncio da decisão que a Prefeitura de Goiânia fará um novo decreto regulamentando o funcionamento das atividades produtivas, em um momento que há uma crescente de casos da Covid-19. O decreto deve ser divulgado até a noite desta sexta-feira (19).  

O Município discorda de alguns itens apresentados na nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde e ainda do mapa de calor apontado pela pasta. Goiânia é indicada como localidade em situação crítica.

Reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Goiânia está programada para às 14:30 horas. A intenção é que haja uma discussão mais aprofundada para a emissão do novo decreto.

“Agora à tarde às 14:30 teremos uma reunião com o Comitê de Crise, onde serão tratados e apresentados os dados que o Fórum Empresarial possui discutidos com toda a equipe e provavelmente no final do dia, a prefeitura deve emitir um decreto de como Goiânia vai tratar a partir de agora as ações do setor produtivo, de toda sociedade”, argumentou o secretário de Governo da Prefeitura de Goiânia, Andrey Azeredo.

O secretário foi o porta voz da prefeitura, após reunião com o setor produtivo. Ele destacou que os dados da secretaria de Saúde da capital são um pouco diferentes. Ele relatou que a reunião com os empresários foi importante para que todos tivessem ciência do momento e que ajudasse na construção de um decreto que seja efetivamente cumprido pela sociedade.

“Não adianta o prefeito, a administração municipal estabelecer um decreto sem que haja envolvimento e participação e o respeito da sociedade. Por isso, o convite ao Fórum Empresarial que participou, ouviu atentamente, compreendeu o momento e apoiou esta ação efetiva do prefeito”, afirmou Andrey.

Escalonamento

O secretário de Saúde, Durval Pedroso relatou que uma proposta a ser debatida no Comitê de Crise é a de escalonamento por regiões, semelhante ao que Aparecida de Goiânia já faz desde o início da pandemia.

“Essa é a proposta. Os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde estarão trabalhando para desenvolver o mesmo faseamento do Município de Goiânia a fim de ser acompanhado semanalmente e as decisões serem prontamente tomadas”, disse o secretário de Saúde.

Protocolos

O secretário de Governo ainda destacou que Goiânia tem sido mais severa nos protocolos sanitários do que o próprio Estado. Ele citou como exemplo a capacidade de funcionamento das academias. A recomendação técnica da Secretaria Estadual de Saúde é de 50% e em Goiânia é de 30%. Outro exemplo citado é o fechamento de bares, restaurantes e similares após às 23 horas, a orientação estadual era para apenas restrição de vendas de bebidas alcóolicas a partir de 22 horas.

Nesta sexta-feira, a taxa de ocupação de leitos públicos de UTI na capital, estava na ordem de 67%. Andrey Azeredo argumentou que nos últimos 50 dias Goiânia passou a ofertar mais 50 leitos de UTI destinados à Covid-19.

Transporte Coletivo

Andrey Azeredo avalia a dificuldade de cumprir recomendação para que todos os passageiros sejam transportados sentados nos ônibus.

“Não adianta um decreto do prefeito sugerindo o acolhimento do estado de que todos andarão sentados, se não temos uma frota suficiente, motoristas suficientes, se as indústrias continuarem com trabalho presencial, comércio com trabalho presencial”, relatou Andrey Azeredo.

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Avaliação

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, avaliou como positivo o diálogo com o Município. Ele avaliou que a situação apresentada é real e deu apoio ao posicionamento da prefeitura. “Todos disseram o seguinte: prefeito pode colocar o plano pra funcionar que apoiamos. Nós vamos fazer um relatório, entregar com as observações que temos a fazer e o prefeito olhar com a equipe dele na hora de confeccionar o decreto”, descreveu Mabel.

Ele achou importante chamar o empresariado goiano. No momento que você procura impor uma medida somente de cima pra baixo, sem o esclarecimento, sem a informação daquilo que deve ser feito, a adesão é mais difícil, se torna mais ineficaz. Numa situação de transparência foi chamado o Fórum para discutirmos.