O Goiás Esporte Clube chegou a seis jogos sem perder em uma competição onde estão os maiores clubes do país. Perder para o Botafogo na Serrinha, apesar do tabu de treze anos sem conhecer o dissabor de uma derrota para os cariocas, parece uma coisa normal, afinal, a equipe ficou sem meio time entre defesa e ataque.

Sem Caetano e Sávio na defesa e não contando com o ataque titular onde se destaca o artilheiro Pedro Raul o esmeraldino não foi o mesmo, evidenciando a falta de bons substitutos para Jair Ventura que vem fazendo um excelente trabalho como técnico da equipe. Perdeu um jogo, não deve perder a empolgação na busca por uma classificação honrosa nesse que é o mais equilibrado campeonato do nosso continente.

Já com o Atlético Clube Goianiense aconteceu o inesperado, principalmente depois de uma participação acima da média nas Copas do Brasil e Sul-americana. O rubro-negro tinha tudo para terminar a temporada nos braços da galera, foi campeão goiano, se tornando o segundo maior vencedor da competição, além do sucesso nas copas. A decepção vem com o fraco desempenho no campeonato brasileiro, onde ocupa no momento a penúltima colocação e já se distanciando muito do primeiro que foge da degola.

Contra o Corinthians o time jogou bem, igualou a partida, teve vontade e mostrou disposição, porém numa falha do goleiro Renan que vinha bem no jogo, acabou sendo derrotado mais uma vez. A situação é crítica para o grupo onde o presidente Adson Batista já jogou a toalha. Com 22 pontos conquistados, precisa de 23 em 30 que restam para chegar aos 45 que os matemáticos apontam como número ideal para a permanência na elite do futebol brasileiro.

Restam dez partidas para finalizar a temporada e o Atlético terá de vencer pelo menos sete e empatar mais duas, para chegar ao número de pontos necessários. A verdade é que o caminho rubro-negro nesse brasileiro só tem obstáculos e apenas mais dois ou três espaços sobram para as derrotas. Para o Atlético restam a força da mente para não se dar por vencido, a luta com muito suor para surpreender e a fé para não se entregar.