Com problemas com fornecedora de material esportivo, Goiás faz improvisação para esconder marca de antiga patrocinadora (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

Foi no dia 17 de novembro o acesso do Goiás para a elite do futebol nacional. Desde então já se passaram cinco meses da confirmação que disputaria a Série A, mas nenhum projeto foi desenvolvido pelo clube para contemplar o projeto sócio-torcedor ou alguma iniciativa de incentivo. Para o jogo contra o São Paulo, nesta quarta-feira no Serra Dourada, o primeiro como mandante após três anos na Série B, não há possibilidade de adesão a nenhum programa de fidelidade, situação que tem gerado várias críticas.

O único programa de sócio em vigência é o Nação Esmeraldina. Porém somente quem estava no quadro de associados no ano passado é que pode fazer uso dos benefícios na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro. Para o Campeonato Goiano, o clube criou a categoria pentacampeão. Mas a validade era somente para o estadual. Este grupo não pôde renovar a fidelidade e deixou de ser sócio.

O novo programa de sócio-torcedor estava em desenvolvimento por João Grego, que deixou a gestão de marketing no início do mês após desgaste no caso Sidão e também de divergências com outros setores diretivos do clube.

Junto com João Grego, a equipe de marketing em sua totalidade também decidiu sair e o projeto sócio-torcedor voltou à estaca zero. Há dez dias, o clube contratou a Agência Central do Brasil para conduzir o novo projeto de associados. A reportagem da Sagres 730 entrou em contato com Marcus Vinícius Queiroz, responsável pela empresa, mas não obteve resposta sobre os planos para o futuro.

MATERIAL ESPORTIVO

A nova gestão de marketing do Goiás também terá de solucionar o imbróglio com a Topper, fornecedora de material esportivo. Desde o ano passado, a empresa não tem prestado o serviço conforme combinado, com atrasos nas entregas, número de materiais abaixo do combinado e atraso na fabricação de novos produtos.

Com a saída da Caixa como patrocinadora máster no fim do ano passado, a Topper ainda não produziu o novo material para a temporada. Durante o Campeonato Goiano, o clube teve usar uma tarja preta para tampar a logomarca do banco público. Caso não fizesse isso, poderia ser punido com multa por uso indevido de marca.

O antigo grupo, comandado por João Grego, buscava a rescisão contratual com a Topper e cogitava a criação de uma marca própria, como Atlético Goianiense, Bahia e Paysandu fazem atualmente.

Desde o fim da parceria com a Caixa, o Goiás também não tem um patrocinador máster. O valor recebido no ano passado era de R$ 2,8 milhões e a possibilidade de mais R$ 1 milhão em aditivos por meta cumprida. Para 2019, o clube corre atrás de um patrocínio superior a R$ 6 milhões, mas ainda longe de ter sucesso.

Apesar de ter confirmado o acesso à Série A em novembro, o Goiás estreia como mandante no Brasileiro nesta quarta-feira, dia 1º de maio, com uma camisa desatualizada, com problemas no fornecimento de material esportivo, sem patrocínio e sem um programa de sócio-torcedor.