Após a suspensão da partida contra o São Paulo, pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, o Goiás mudou a sua programação e a coletiva de imprensa desta segunda-feira (10), que inicialmente teria apenas o meia Daniel Bessa, também contou com a presença de Túlio Lustosa, gestor de futebol esmeraldino. O foco, como não poderia deixar de ser, se voltou para a repercussão dos fatos ocorridos no domingo (9).

Questionado sobre o atacante Rafael Moura ter divulgado o nome do seus companheiros contaminados, Túlio justificou que “ele não está indo contra a política do clube. O clube continua com a mesma política e não divulgamos porque é um caso pessoal. O atleta ou funcionário do clube que estiver contaminado e quiser abrir para a imprensa não tem problema algum, é um direito dele”.

O dirigente revelou ainda que alguns atletas “pediram para que ficassem no quarto deles na concentração. O Rafael está com uma filha recém-nascida e outros têm a mesma situação (David Duarte e Lucão), então estão em confinamento. Atendemos um pedido deles e deixamos uma estrutura bem organizada para atendê-los. A alimentação é entregue a eles e a limpeza é feita por uma equipe de sanitização, a que já faz no clube normalmente”.

Nova testagem

No grupo de jogadores inscritos no Campeonato Brasileiro, “temos 39 atletas com os seis que acrescentamos ontem, que são do grupo de aspirantes, mas fazemos todo o treinamento integralizado e a própria comissão técnica é a do profissional. São 40 que podemos inscrever e podemos fazer oito trocas, mas já pleiteamos com a CBF para que esse número não seja limitado a 40”.

Para o próximo jogo, contra o Athletico Paranaense, nesta quarta-feira (12), Lustosa explicou que “testamos todos os atletas disponíveis para escalação. São 23, mais o Ney, testados pelo laboratório da CBF e todos os outros disponíveis, que são oito, foram testados particularmente pelo clube, assim como todos os membros do estafe e da comissão técnica. Todo mundo está sendo testado semanalmente aqui no Goiás. O que aconteceu nessa semana reflete, talvez, o pico de pandemia que teve no estado de Goiás”.

O dirigente cogitou que “algum dos atletas, ou mais de um, pode ter levado o vírus para dentro do grupo e contaminado os outros. Mas ninguém sabe de nada, nem como contrai ou como passa para os outros, então é ter paciência e respeitar o momento deles para que, assim como todos os outros que tiveram, passem isso o mais rápido possível e não deixem nenhum tipo de sequela”.

Caso Gilberto Júnior

Na sua postagem, Rafael Moura classificou Gilberto Júnior como reincidente. O caso, contudo, é diferente. Segundo Túlio, o volante testou positivo na bateria anterior “e depois disso não foi testado. Ele ficou em isolamento, respeitando a quarentena, e estaria liberado hoje, então o submetemos a essa testagem para saber se ainda testaria positivo, e testou. Mas não foi o caso de contrair o vírus novamente. Ele já deve estar no final da contaminação e hoje estaria liberado para treinar, porque não é mais um transmissor”.

Sobre o número de jogadores indisponível para a próxima partida, o dirigente ressaltou que, juntamente com os nove positivos testados no final de semana e os outros contaminados da bateria anterior, “são 12, porque o Gilberto está entre esses três e os outros dois também estão em estágio final. Estão para ser liberados um amanhã e o outro depois de amanhã, essa foi a avaliação do nosso infectologista”.

Daniel Bessa

Já Daniel Bessa contou que, no domingo, “até a roda antes de entrar em campo, estávamos concentrados para enfrentar o São Paulo da melhor maneira possível”, e destacou que “o Goiás tem muitos jogadores, e todos estão querendo e buscando. Tentaremos, com todas as forças que tivermos a cada rodada, demonstrar que podemos dar trabalho e mostrar o valor do Goiás, independente de quem esteja defendendo a camisa no momento”.