Após a confirmação do adiamento da partida entre Goiás e São Paulo, Dyogo Crosara, vice-presidente jurídico do Goiás, disse a Sagres 730 que diante das circunstâncias a realização do jogo “era algo completamente inaceitável”.

Dos 23 jogadores relacionados para o jogo, dez, testaram positivo para Covid-19. O resultados dos testes só foram divulgados na manhã de hoje. De acordo com Crosara, “aconteceu um erro do laboratório e esses exames precisaram ser refeitos na sexta-feira, com a previsão de divulgação no sábado”, o que não aconteceu. Os resultados dos testes só foram divulgados na manhã de hoje.

“Os demais atletas que foram convocados de última hora não foram testados e o departamento médico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não aceitou sequer que eles fossem relacionados”, destacou o vice-presidente. Sendo assim, o clube solicitou a CBF o adiamento da partida.

Como a entidade demorou para tomar uma decisão, o clube entrou com uma medida cautelar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e conseguiu a suspensão do jogo minutos antes da bola rolar no Estádio da Serrinha. Logo após a decisão do STJD, a CBF determinou o adiamento por contra própria.

Dyogo Crosara salientou que “o regulamento da CBF determina que os exames realizados tenham o resultado divulgado em até setenta e duas horas antes da partida”. No entanto, esse tempo não é suficiente para que os clubes possam relacionar e testar outros atletas.

“O protocolo precisa ser refeito, não dá pra ser assim”, destacou o dirigente esmeraldino. Além disso, Crosara ainda criticou o fato da CBF testar apenas 23 jogadores, o que impossibilita as substituições, em caso de muitos jogadores positivados, o que aconteceu neste domingo.

“O Goiás já fez oito baterias de testagem durante todo esse período, não é simples! Cumprimos todos os protocolos e deu essa quantidade alta de jogadores positivos, fizemos a contra prova e esses jogadores realmente estão positivados, então nós teremos esse problemas também para as próximas rodadas”, revelou.

O vice-presidente jurídico do Goiás ainda ressaltou que os jogadores infectados ficarão isolados e não jogarão nas próximas três rodadas, contra Atlético Paranaense, Palmeiras e Fortaleza. “Veja só a dificuldade, isso que está acontecendo com o Goiás, certamente vai acontecer com outros clubes durante o campeonato. É o preço que se paga em fazer futebol no meio de uma pandemia”, finalizou.