A Polícia Civil de Goiás apresentou nesta quarta-feira (29), o resultado da operação Maria da Penha, realizada entre os dias 22 e 28 de junho. Na ação, foram cumpridos 7 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão.

De acordo com as autoridades policiais, um dos suspeitos possui passagem criminal anterior e cumpre pena no sistema prisional de Aparecida de Goiânia. Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Ana Elisa Borges, os agressores foram detidos por descumprimento de medidas protetivas. “Existem casos de pessoas que foram presas por três vezes em flagrante. Eles agridem as mulheres fisicamente e psicologicamente, reincidem em suas condutas e considerando o risco oferecido, eles tiveram as prisões decretadas.”

Cerca de 95% dos agressores são soltos pela justiça pouco tempo após a prisão. A delegada afirma que a lei Maria da Penha não consegue manter os agressores na cadeia. “Infelizmente não cabe apenas à lei a manutenção desses homens atrás das grades. Nós temos penas ainda reduzidas que impedem a permanência do agressor na prisão, e muitas vezes os julgadores de direito não consideram os crimes de violência contra a mulher tão graves quanto um roubo, por exemplo.”

De acordo com dados da DEAM, apenas neste primeiro semestre, já foram realizadas 230 prisões, 470 pedidos de medidas protetivas de urgências e 2.276 registros de violência contra a mulher.

Reportagem: Jerônimo Junio