O governador Marconi Perillo afirmou nesta quarta-feira (17), durante a solenidade do anúncio das ações do PAI Economia, que para fazer um bom governo, além de boas ideias, boas iniciativas, criatividade, disposição para o trabalho e boa vontade para fazer as coisas na hora e no tempo certo, é preciso também garantir ações coordenadas e planejadas. Segundo ele, o Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI), que contém 40 programas prioritárias a serem executados no Estado até 2014, sintetiza isso. O evento foi realizado no auditório do Sesc Cidadania e contou com a presença de autoridades estaduais, lideranças de classe e empresários, entre outros.

Conforme o governador, entre os objetivos do PAI Economia está o de apoiar os investimentos produtivos previstos para Goiás. Uma das ações anunciadas foi a constituição de um grupo de trabalho com a missão de auxiliar e acompanhar os processos de implantação de projetos aprovados pelos programas Produzir/Fomentar e FCO, atuando no âmbito do Governo para remover entraves burocráticos nas áreas ambiental, de vigilância sanitária, fazendária, entre outras.

Marconi também assinou decreto determinando a criação do Comitê de Prospecção de Oportunidades e de Negócios. Durante a solenidade, o governador afixou o selo de prioridade do PAI no PAI Economia, o que representa que suas ações serão executadas preferencialmente até dezembro de 2014.

Em seu pronunciamento, o secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, ressaltou que a economia goiana tem registrados índices positivos no Produto Interno Bruto (PIB), geração de emprego formal, produção industrial e vendas do comércio. Esses números são resultado da política de incentivos fiscais adotada pelo Governo do Estado desde o final da década de 1960. Mas atualmente pairam duas ameaças que podem prejudicar os bons índices econômicos goianos: a proposta do governo federal e de alguns Estados de unificar a alíquota do ICMS e cobrar o imposto no destino; e a súmula vinculante no Supremo Tribunal Federal (STF) que pede o fim da política de incentivos fiscais.

Alternativas

O PAI Economia visa oferecer alternativas para que a economia goiana possa manter seu dinamismo, afirmou Vecci. Por isso, um conjunto de ações estão sendo anunciadas, envolvendo principalmente as Secretarias da Indústria e Comércio, Planejamento e Desenvolvimento, Fazenda e Agricultura, destinadas a apoiar o desenvolvimento econômico do Estado. Ele lembrou que o Comitê de Prospecção de Oportunidades de Negócios vai contribuir para atrair novos investimentos para o Estado.

O secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, afirmou que os incentivos fiscais foram e são ferramentas essenciais para garantir a competitividade da economia de Goiás. Mas lembrou que a concessão de crédito para segmentos específicos de micro e pequenos empreendedores terá efeito multiplicador. A Goiás Fomento vai ofertar crédito para prestadores de serviços, confeccionistas, cabeleireiros e donos de salões de beleza, produtores de bijuterias, pequenos artesãos de gemas e joias, entre outros. A construção de dois centros de convenções – em Anápolis e cidade de Goiás – também vai impulsionar o turismo de negócios dos dois municípios.

Já o secretário de Agricultura, Antônio Flávio de Lima, disse que o setor público agrícola está empenhado em implementar as ações da área previstas no PAI Economia, como a reestruturação da Emater, a criação do Sopão da Ceasa e a ampliação do atendimento dos programas Horta Comunitária e Lavoura Comunitária. Em seu discurso, o secretário da Fazenda Simão Cirineu destacou o esforço de ajuste fiscal feito por parte do Governo, graça ao controle das despesas e à busca do incremento da receita. E aproveitou para divulgar o Recuperar 2, destinado a atender contribuintes interessados em quitar dívidas com o Fisco Estadual.

O presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), José Evaristo, lembrou que durante a solenidade do PAI Economia o governador assinou 13 ordens de serviços, dois projetos de lei a serem enviados à Assembleia Legislativa, além de decretos. Entre as ações anunciadas, ele destacou a criação do Fundo de Aval, que garantirá os empréstimos concedidos pela Goiás Fomento. “Essa era uma antiga reivindicação do setor empresarial finalmente atendida”, disse. Ele também elogiou a iniciativa de criar um grupo de trabalho para destravar a burocracia que dificulta os investimentos. “Todas as ações são importantes, o Estado agradece”, afirmou.

A presidente da Associação de Profissionais de Beleza do Estado de Goiás (Aprobeleza), Élida Monteiro, agradeceu a criação de uma nova linha de crédito, no âmbito da Goiás Fomento, para atender cabeleireiros e donos de pequenos salões de beleza. Segundo ele, esse financiamento representará mais sustentabilidade, crescimento e qualificação para os profissionais da beleza, cujo setor também tem registrado grande dinamismo em Goiás. “A área de beleza hoje não é somente vaidade, e sim necessidade”, completou.

Do Goiás Agora.