O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta quinta-feira (27), por videoconferência, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) em Goiás. O Estado é um dos primeiros do País a iniciar oficialmente a execução do projeto do Governo Federal, que tem como objetivo ampliar o número de exportadores brasileiros. “Nosso grande desafio é dar ao pequeno e médio empresário a competência de disputar no mercado lá fora”, projetou.

Na reunião de apresentação das diretrizes, o governador garantiu que toda a política econômica do Estado atua com vistas a incentivar e a facilitar a vida do empreendedor que tanto gera emprego e renda ao Estado.

“Existe um sentimento de que fazer essa operação com o exterior é algo difícil, com várias barreiras. Mas nós temos um sistema de governo para desmistificar e buscar alternativas”, relatou.

A videoconferência contou com a participação do vice-governador Lincoln Tejota, mediação do secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Adonídio Neto, e de representantes de diversas entidades. Caiado ainda chamou atenção para a criação de um ambiente seguro de trabalho, em que os empreendedores tenham confiança de dar o passo rumo à exportação. Desde 2019 o Estado desenvolve esse papel de fomentador.

Somente este ano já foram 90 protocolos de intenção assinados, com previsão de investimentos R$ 4,1 bilhões e geração de mais de 40 mil empregos no Estado.

De acordo com o governo, Goiás foi, em julho, o 9º colocado como Estado mais relevante na exportação. No acumulado de janeiro a julho de 2020, ficou em 8º lugar, quando exportou quase US$ 5 bilhões, número 22,7% maior que o mesmo período do ano anterior.

Rede de apoio e cadastro

O Plano Nacional da Cultura Exportadora prevê a criação de uma rede de apoio às empresas goianas, que será formada por diversas instituições públicas e privadas. Esse somatório de forças resultará numa maior inserção dos goianos no cenário internacional.

Na videoconferência de lançamento do projeto, o gerente de competitividade do Sebrae, César Rissete, destacou que Goiás “começou com o pé direito” por ter reunido representantes de mais de 10 entidades e autoridades. Ele ainda endossou a fala de Caiado, no sentido de focar nos pequenos negócios. “É um espaço de oportunidade e inclusão.”

Já a gerente de serviços de internacionalização da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), Sarah Saldanha, declarou que o momento de crise, causado pela pandemia, requer maior alinhamento entre o setor público e o privado, e que o comércio exterior será uma saída estratégica para acelerar o desenvolvimento.

“Nosso papel é sermos parceiros das empresas para que consigam efetivamente manter-se no comércio internacional”, informou.

O PNCE é composto por quatro etapas: traçar o perfil empresarial, avaliar a maturidade para exportação, elaborar um plano de ação para internacionalização e o monitoramento empresarial. A empresa que tiver interesse, se cadastra no site do programa, no qual responderá a um questionário e terá sua maturidade avaliada por inteligência artificial. Após isso, o PNCE irá apresentar ao empresário linhas de crédito e soluções para que facilitem o seu caminho para a exportação.