O governo federal lança nesta quarta-feira (3) o Plano Safra, com objetivo de financiar a agricultura na temporada 2024-2025. Neste ano, o plano vai buscar incentivar a produção de grãos, com destaque ao arroz, e práticas ambientais sustentáveis. As metas e linhas específicas para a agricultura de baixo carbono já têm parte importante das últimas edições, com ênfase no último plano, que venceu no fim de junho.
O lançamento do Plano Safra vai ser feito em dois eventos no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro, pela manhã, é destinado ao Plano Safra para a agricultura familiar. À tarde, é o evento para o anúncio do montante do financiamento para os médios e grandes agricultores. No ano passado, o valor dessa modalidade foi de R$ 364 bilhões. O Ministério da Agricultura prevê valor maior para 2024-2025.
Os financiamentos do Plano Safra têm concessão com juros menores que os de mercado. O plano também terá juros especiais para agricultores que adotarem comprovadamente práticas ambientais sustentáveis. As fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que inundaram a zona urbana e também área de plantio, acendeu o alerta no governo sobre a produção de arroz. O estado é responsável por 70% da produção nacional.

Plano Safra
Para incentivar a produção não só de arroz, mas também de outros grãos, o governo vai lançar o contrato de opções. Nesta modalidade, se um produtor de outra cultura decide fechar um contrato de opção com o governo, ele passa a ter o direito – mas não a obrigação – de vender a sua produção ao Estado, em uma data futura, por um preço previamente fixado.
Incentivo
Se as indústrias estiverem pagando mais na data futura, o produtor tem a liberdade de vender o seu trigo para as empresas privadas. Porém, caso o mercado esteja pagando menos, o agricultor tem a garantia de que o governo vai comprar o seu produto por aquele valor. Com esse mecanismo, o governo prevê aumentar em 1 milhão de toneladas a safra de arroz, prevista para 11 milhões de toneladas.
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*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.