O governo estadual, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), liberou a primeira parcela das linhas de crédito destinadas ao setor de transportes, ofertadas pelo programa Goiás Empreendedor. O aporte financeiro chegou aos negócios de empresários que transportavam alunos às escolas e que desde março estão com as atividades paralisadas.

São proprietários de vans e ônibus que conseguem, por meio de políticas de suporte do Governo de Goiás, minimizar os impactos da crise financeira gerada pela pandemia do coronavírus.

De acordo com a SIC, foi a primeira parcela de um total de três, do financiamento solicitado pela categoria, atingindo a cifra de R$ 243 mil. São R$ 9 mil para cada contrato, divididos em três parcelas mensais de R$ 3 mil cada.

No total serão disponibilizados R$ 18 milhões para o atendimento de até 2 mil trabalhadores do transporte escolar, com 12 meses de carência, 48 meses no total, para pagamento, com juros 0,8% ao mês.

Para o empresário do transporte escolar em Goiânia, Paulo Roberto Vieira, que concentrava sua atuação na Região Noroeste da capital, o empréstimo representa a própria sobrevivência. “É um dos primeiros passos para organizar a vida depois da crise. Um fôlego para pagar as contas”, revela. Segundo Paulo Roberto o cadastro foi feito com rapidez, assim como a liberação da primeira parcela, que ocorreu em menos de 15 dias. “Não tenho do que reclamar.”

As solicitações de acesso à linha de crédito são realizadas exclusivamente por e-mail. Em menos de 40 dias já foram respondidos 647 pedidos realizados por empresários de 20 cidades goianas. Segundo o governo, centenas de outras solicitações estão em fase de análise, que está sendo realizada de forma célere pela urgência que o caso requer.

César Moura, subsecretário de Fomento e Competitividade da SIC, informa que o Goiás Empreendedor já atendeu 70% de todos os pedidos encaminhados e todos estão sendo criteriosamente analisados para que os empresários tenham condições de manter as suas atividades. “O governo atua em duas frentes distintas, mas que andam de mãos dadas: a da saúde e a da economia. No nosso caso aqui, na SIC, temos foco nas empresas e estamos ajudando. Essa é uma linha de crédito especial, já que esses empresários estão parados, sem poder trabalhar”, explica.