A cidade foi tomada por grevistas e o fato é que eles estão se multiplicando. A boa notícia vem dos representantes de servidores da Polícia Técnico-Científica, que recusaram a radicalização de alguns colegas da Polícia Civil. Portanto, ficam no passado as cenas dantescas de corpos esperando dias pela remoção. A ameaça foi de um sindicalista da Polícia Civil, que aliás a Justiça exonerou e adiantou exatamente nada.
Se as autoridades não valorizarem quem respeita a lei, estarão premiando quem descumpre decisões judiciais. O governo do Estado deveria atender às reivindicações da Polícia Técnico-Científica. Por vários motivos.
{mp3}stories/2013/outubro/cidade_17-10-2013{/mp3}
O primeiro é que se trata da área mais sucateada na estrutura da segurança pública.
O segundo é que a Técnico-Científica é a principal polícia. Sem ela, não adianta a PM atuar, porque a debilidade das provas solta o acusado. Sem ela, a Polícia Civil comete atrocidades como prender inocentes com base em ilações, pois não reúne material para robustecer o inquérito.
Há outras diversas razões, como a Polícia Técnico-Científica significar modernidade. Suas provas são irrefutáveis, seja para absolver ou condenar. Se estiver bem aparelhada, com equipamento suficiente, a Polícia Técnico-Científica será a diferença entre um estado arcaico e um Goiás contemporâneo. Os técnicos e os cientistas tornam fáceis ou impossíveis as atividades das polícias Civil e Militar.
O pessoal da Polícia Técnico-Científica é muito qualificado. Alguns entre seus muitos pesquisadores fizeram doutorado e atuam na colheita de provas. E assim são dezenas de estudiosos com mestrado e doutorado nas diversas áreas de atuação da Polícia Técnico-Científica. Se escrivão e agente da Polícia Civil vão ganhar salário mínimo de 10 mil reais, um cientistas desses deveria receber o triplo do teto de ministro do Supremo.
Por isso, fica a recomendação ao governador Marconi Perillo e ao prefeito Paulo Garcia. Sejam duros com quem está penalizando a população. E receptivo a quem resolve os problemas. Ser radical com os radicais e dócil com os dóceis é uma boa maneira de evitar o olho por olho e dente por dente.