A decisão do Governo de Goiás sobre a liberação da barragem do Ribeirão João Leite para atividades de lazer não foi bem recebida pelo Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte. Segundo o presidente do comitê, Fábio Camargo, a ação do governo foi “desastrosa e mal conduzida”, além de ter sido tomada de maneira unilateral.

“Não vou entrar na questão se pode ou não, pois existem outros parques ambientais que também são de captação de água para consumo e possuem lazer no local. Mas o governo não conversou com ninguém sobre isso. Quando foi apresentado, todas as entidades ambientais, o comitê, a Saneago, eu não vi ninguém fazendo discurso a favor da liberação do lazer”, detalhou.

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Fábio Camargo explicou que os mananciais do Meia Ponte e do João Leite são “muito importantes para a sobrevivência de Goiânia e Região Metropolitana”. “Liberar para o lazer, neste momento, é temerário”, alertou o presidente que reforçou o fato do comitê não ter sido consultado sobre a mudança na utilização do reservatório.

Para o presidente, ter lazer em reservatórios não necessariamente causa problemas, mas é preciso realizar uma série de estudos antes para que atitudes sejam tomadas para cuidar, por exemplo, da mata ciliar, além de observar a possibilidade do surgimento de erosões. “É um trabalho que precisa ser feito diuturnamente para garantir a água do manancial”, destacou.

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