31 pessoas suspeitas de participarem do esquema de fraudes no encaminhamento de pacientes e que foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público continuam afastadas de suas funções na área da Saúde.

Entre os suspeitos de participarem do esquema estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, motoristas de ambulância, bombeiros e administradores de Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). Segundo o Secretário de Saúde Fernando Machado algumas dessas pessoas voltarão ao trabalho, mas em outras funções. 

“Grande parte dessas pessoas são vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde. Quem é servidor público foi afastado de suas funções, se mantêm afastados inclusive do Samu. Aquelas que não foram denunciadas vão retornar ao serviço no Samu e as que foram denunciadas terão oportunidade de trabalhar em outras área que não sejam Samu”, ressalta.

Fernando Machado afirma que não há um processo administrativo em andamento e que por isso a Secretaria Municipal de Saúde fica impedida de tomar medidas em relação à punição.

“A gente não tem ainda um processo administrativo disciplinar que comprove ou até que nos permita tomar algum tipo de procedimento em relação a essas pessoas, seja uma suspensão ou uma penalidade qualquer. Agora, o Samu, logo que houve essa investigação do Ministério Público, a gente fez uma troca de toda a direção do serviço para não haver qualquer conflito de interesse com a investigação e o serviço voltou a funcionar normalmente”, pondera.

O esquema, que acontecia desde 2012, burlava a concorrência entre as UTIs particulares de Goiânia. Médicos, sócios e prepostos de UTIs ofereciam vantagens indevidas aos servidores do Samu para que encaminhassem pacientes de UTIs para aquelas que faziam parte do plano de corrupção.

Há casos em que os pacientes sequer precisavam do serviço. Os valores pagos eram de R$ 100 a R$ 500 para condutores socorristas, técnicos de enfermagem e enfermeiros do Samu. Já para médicos o valor chegava a R$ 15 mil.

Com infomações da repórter Juliana Gomes