A partida contra o Crac de Catalão, na última quarta-feira, que acabou em empate por 0 a 0, não foi muito bem vista pela torcida vilonevense nem pelo técnico Heriberto da Cunha. O comandante colorado revelou que não gostou do desempenho da equipe durante os 90 minutos e fez críticas ao time, inclusive, a alguns atletas em especial.

O terceiro empate da equipe em quatro jogos fez o técnico analisar negativamente o resultado. “O jogo não foi bom, tivemos alguns momentos no primeiro tempo e depois no segundo com a entrada do Erivelton, mas não tivemos tranquilidade, fomos impacientes e não conseguimos trabalhar. Acho que forçamos demais pelo meio. Mas isso tudo é aceitável, eu já tinha avisado que nossa equipe sofreria essas oscilações por ter um perfil muito jovem”, analisou.

O início do segundo tempo deixou bem claro a insatisfação do técnico e o descontentamento com alguns jogadores. Isso porque Heriberto promoveu a entrada de Romário no intervalo e, aos 25 minutos do segundo tempo, voltou atrás e tirou o garoto de campo para Erivelton.

Bastante questionado pelas substituições, o técnico explicou o porquê da escolha e disse que o jogo exigiu que a mudança fosse repensada. “Eu precisava movimentar o meio de campo e como o Erivelton não vinha bem nos treinamentos, optei pelo Romário. Ele iria liberar mais o Arthur, mas não deu certo, ele foi muito lento e não conseguiu acompanhar a marcação. Então precisei colocar um meia de articulação no lugar dele e voltar o Arthur para a posição inicial”, explicou.

Ainda justificando a substituição, Heriberto revelou que precisa de uma equipe mais competitiva. “Queria que me dessem uma equipe que permita fazer as substituições necessárias, com mais alternativas. Eu vou ser cobrado e criticado, vou viver correndo o risco de ser mandado embora, mas tenho que assumir a responsabilidade sabendo das dificuldades do clube. Por enquanto a diretoria me pede paciência e diz que no momento certo vai trazer as peças necessárias. Então continuo aguardando, mas uma hora não dará para melhorar o trabalho”, declarou.

Apesar do resultado ruim, Heriberto garantiu que entende as dificuldades do clube, principalmente em contratar reforços, e pede que o torcedor tenha paciência e seja compreensivo. “É melhor falar abertamente para os torcedores a real situação, do que se passa dentro do clube para que não exista uma cobrança injusta, por um trabalho que está sendo feito dentro do limite. Todos nós somos cobrados além da realidade e então acontece de formar esse clima ruim”.