A cabeleireira Maria Luiza Alves Teles, de 23 anos, espera concretizar, nesta quarta-feira (29/09), é a primeira paciente a passar pela cirurgia de redesignação sexual realizada pelo Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), unidade de saúde do Governo de Goiás. O procedimento é algo que ela espera desde criança: adequar o corpo à sua identidade de gênero.

“Estou muito feliz e pensando positivo para que tudo dê certo”, disse Maria Luiza, enquanto arrumava a mala levou ao hospital para se internar.

A cabeleireira faz parte de um grupo de seis mulheres transexuais pacientes do Serviço Especializado do Processo Transexualizador (Ambulatório TX) que estão prontas para realizarem a cirurgia no HGG, a primeira unidade de saúde pública do Governo de Goiás a realizar tal procedimento. O início desse atendimento na unidade foi prorrogado devido à necessidade de suspensão de procedimentos eletivos por causa da pandemia.

Há outras nove pacientes que já atingiram o prazo de dois anos do início do acompanhamento, estabelecido por lei, para poder realizar a cirurgia, e também devem, em breve, realizar o procedimento. A cirurgia de redesignação, em que são criadas a genitália externa e a vagina, é mais uma etapa do processo transexualizador realizado pelo Ambulatório TX, criado pelo HGG para atender a demanda da população transexual do Estado, até então atendida apenas pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), que atualmente está com as cirurgias suspensas.