Sagres em OFF
Rubens Salomão

Senado aprova regulação de hidrogênio verde com baixas emissões de carbono

O Senado aprovou a política que vai possibilitar, no Brasil, a produção de energia limpa a partir de hidrogênio, com baixa emissão de carbono. O texto ainda precisa passar por nova rodada de votação na Câmara antes de virar lei. No fim da votação, nesta quarta-feira (3), os senadores decidiram aumentar a quantidade de carbono que poderá ser lançado na atmosfera no processo de fabricação do hidrogênio verde.

Não houve debate no plenário sobre a mudança e o CO2 é poluente, sendo um dos gases que provocam o efeito estufa. Pela medida, serão 7 kg de gás carbônico para geração de cada 1 kg de hidrogênio verde. Esse patamar vai configurar um produto com “baixa emissão de carbono” e as empresas que o produzirem terão benefícios pela lei com incentivos fiscais. A sugestão, do senador Fernando Farias (MDB-AL), foi aceita pelo relator, Otto Alencar (PSD-BA), para contemplar o etanol como fonte de produção do hidrogênio.

Na terça-feira (9), uma outra proposta sobre o tema, com autoria de Farias, teve aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. Ainda terá de passar pelo plenário. O texto diz que os governos devem priorizar a compra e a locação de veículos movidos a biocombustíveis, como etanol, ou a hidrogênio. Isso valerá para licitações para troca da frota pública de veículos, como ônibus escolares.

hidrogenio verde senado aprova baixa emissao
Foto: Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. (Crédito: Jonas Pereira/Agência Senado)

Hidrogênio verde

O chamado “combustível do futuro” vai servir para substituir combustíveis fósseis para abastecer, por exemplo, aviões, assim como ser fonte de energia de carros elétricos. O hidrogênio também poderá entrar na fabricação de fertilizantes, produtos de limpeza, na indústria de aço e farmacêutica.

Emissão zero

O hidrogênio verde é produto da eletrólise da água, quando a passagem de uma corrente elétrica separa os dois elementos que compõem a molécula de água, oxigênio e hidrogênio. Se as fontes de energia forem limpas, como solar, hidráulica ou eólica, o combustível recebe o selo de hidrogênio verde com zero emissão de CO2. As hidrelétricas servirão de “motor” para a eletrólise no Brasil.

hidrogênio verde complexo de pecém no ceará
Foto: Visita de comissão especial do Senado ao no porto do Pecém, no Ceará, em julho de 2023. (Crédito: Carlos Gibaja/Gov. do Ceará)

Baixa emissão

Mas há gradações nesta classificação, que dependem da quantidade de carbono emitida no processo. O hidrogênio cinza, a partir de gás natural, provoca emissão de 10 kg de gás carbônico, que contribui para o efeito estufa. Nesse caso, o processo não é através da água, mas sim pela queima do combustível.

Aumento

Os senadores definiram que uma “baixa emissão de carbono” para gerar hidrogênio ficará no patamar de até 7 kg de CO2. A média europeia é em torno de 4 kg de CO2. A decisão do Senado ocorreu para introduzir o etanol como “fonte renovável” de energia no processo de extração do hidrogênio. As hidrelétricas também estão nesse grupo.

Leia mais da Sagres Em OFF:

*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 12  Consumo e Produção Responsáveis; ODS 13  Ação Global Contra a Mudanças Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

Mais Lidas:

Sagres Online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.