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O mato alto no Cemitério Parque, em Goiânia, não esconde o descaso do poder público com o lugar. Túmulos violados e ossos espalhados completam a cena de terror, mas não é um filme. Esta é imagem de quem visita ou vive próximo ao Cemitério Parque, localizado na Granja Cruzeiro do Sul, região Norte de Goiânia. Um ouvinte fez a denúncia à Rádio 730 e a reportagem foi conferir a situação de perto. A equipe percorreu o cemitério e encontrou diversos ossos humanos espalhados pelo chão, inclusive um crânio.

Quem tem comércio próximo também reclama do mato alto dentro do cemitério e da falta de segurança. Os crimes na região são constantes. Maria Helena Alves, dona de lanchonete, foi assaltada duas vezes em menos de trinta dias. Há 17 anos ela mora no setor e reclama da falta de segurança. Ela passou a atender os clientes através de uma grade, que mandou instalar no estabelecimento. A comerciante disse que o muro baixo do cemitério facilita a entrada de qualquer pessoa.

Lá dentro, o mato alto facilita a ação dos bandidos, que ficam escondidos no cemitério. “O ladrão apontou o revolver e assaltou o meu o vizinho, à luz do dia”, disse outro comerciante, João Morais da Silva. Ele está preocupado com a onda de assaltos no bairro. Usuários de drogas também estariam frequentando o lugar, o que contribui para aumentar a insegurança no local.

O cemitério foi inaugurado, em 1961. O espaço ocupa uma área de quase três alqueires e tem mais de 210 mil corpos enterrados.

A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que os trabalhos para recuperação do Cemitério Parque e dos outros cemitérios públicos da cidade já estão em andamento desde a semana passada e não serão interrompidos até a resolução dos problemas. Já a Polícia Militar disse que vai aumentar as rondas no setor, e pede para os comerciantes ligarem no celular 9631-4091, caso aconteça algum crime na região.