O reitor da UFG, Edward Madureira (Foto: SagresTV/Reprodução)

Uma assembleia geral está marcada para as 13h desta quarta-feira (15), na Praça Universitária, em Goiânia. O movimento é uma reação ao anúncio do bloqueio de 30% dos recursos destinados às universidades e institutos federais de ensino, o que inclui a UFG.

O reitor da instituição, Edward Madureira, diz que a situação é preocupante, que a universidade não conseguirá se manter a partir de setembro, caso os cortes, que o governo chama de “contingenciamento”, ocorram.

“É uma situação bastante preocupante. O ministro da Educação, que deveria defender mais orçamento para a Educação, está defendendo o corte. A Universidade Federal de Goiás não consegue passar de setembro, com a real situação. É isso que o reitor está mostrando, a real situação econômica da universidade. Com a emenda constitucional (PEC 95), que foi aprovada, a expectativa é de que a redução seja maior ainda, e que a universidade pública deixe de existir. O que esse governo está fazendo é o desmonte da universidade pública, com o único intuito de privatizar o ensino público”

Ainda segundo o reitor, com o bloqueio de recursos, serviços do Hospital das Clínicas podem ser afetados. “O Hospital das Clínicas, neste momento, ainda está preservado pelo fato de o financiamento dele ser pelo Sistema Único de Saúde, mas certamente o aperto no financiamento da universidade vai chegar a todas as áreas, porque o HC também depende de serviços da universidade, de laboratórios, de outros serviços, que pode prejudicar o funcionamento do próprio Hospital das Clínicas da UFG”, afirma.

O presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), Flávio Silva, explica os objetivos da Assembleia a ser realizada na quarta-feira (15). “A situação da universidade é insustentável. Nenhuma universidade federal e nenhum instituto federal no Brasil suporta um corte de 30% nos recursos de manutenção em um orçamento que já é aquém das necessidades da universidade. O objetivo da assembleia é esclarecer a população da gravidade da situação e encontrar formas para que possamos reverter. O que está em jogo é a vida de 30 mil estudantes de graduação, mais 10 mil de pós-graduação e inúmeras pesquisas de interesse do país”, conclui.