A partida entre Vila Nova e Guarani, realizada neste domingo, com empate por 2×2, contou com o interesse de outro time goiano. Caso vencesse, o Bugre ultrapassaria o Goiás na tabela e tiraria o time esmeraldino do grupo de acesso para a Série A 2022. O Guarani iria a 55 pontos e ficaria na frente por ter uma vitória a mais. Diante da rivalidade entre Goiás e Vila Nova, alguns torcedores cogitaram a possibilidade do clube colorado entregar o jogo para o Bugre.

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Em entrevista coletiva após o jogo, o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, negou que essa possibilidade sequer tenha sido cogitada pelo Tigrão. “Uma coisa é o torcedor, outra coisa é quando a gente se senta na cadeira [da presidência]. Ali nós temos que ser estritamente profissionais. O que nós tínhamos para fazer, entre aspas, para prejudicar o Goiás, nós já fizemos: nós ganhamos deles lá na Serrinha”.

O presidente ainda destacou que o Vila Nova não perdeu para o Goiás nessa Série B, com um empate no OBA e a vitória na Serrinha. “Então, de seis pontos em disputa, eles ganharam um e nós ganhamos quatro”. Questionado sobre uma possível ligação do presidente do Goiás, Hugo negou e afirmou que “seria indelicadeza dele [presidente do Goiás] pedir para o Vila Nova fazer sua obrigação que é ganhar”.

Polêmicas de arbitragem

A partida contra o Guarani não teve a utilização do VAR. Antes do jogo começar, a equipe de arbitragem avisou os times que o equipamento não estava funcionando e que as decisões de campo prevaleceriam. Após a partida, o superintendente de futebol do Guarani criticou a arbitragem em função disso.

Ao falar sobre o assunto, Hugo citou lances em que considera que o Vila foi prejudicado pela arbitragem em outras partidas da Série B e declarou que isso é normal no futebol e que algumas vezes um time será prejudicado e em outras beneficiado. “Ninguém viu a gente falando que vai ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedir coisa que não existe. Isso é só para jogar para a torcida, todo mundo sabe que não vai ter anulação de partida por causa de erro de arbitragem. Se isso acontecer acabou o futebol”.

Sobre a partida de hoje, Hugo considerou que o impedimento de Lucão, no que teria sido o terceiro do Guarani foi marcado corretamente e que a arbitragem deixou de assinalar um pênalti para o Vila Nova no zagueiro Rafael Donato.

O presidente do Vila Nova também falou sobre jogos em que o Vila seria prejudicado, caso não tivesse o uso da tecnologia e ressaltou que o VAR é apenas um acessório. “Não é um elemento impeditivo de ter uma partida. Se assim fosse, nós só teríamos futebol [no Brasil] nas Séries A e B”.

Últimos objetivos

Hugo Bravo destacou que o Tigrão ainda tem dois objetivos na temporada: atingir uma pontuação que dê a certeza de que o time não corre mais riscos de rebaixamento e lutar pelo título da Copa Verde. “A gente precisa fazer uma renda boa nessa reta final e precisamos do apoio de todos”.