Em entrevista concedida na noite da última quinta-feira (1) ao canal Vilanovida, do Youtube, o presidente executivo do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, confirmou a contratação do técnico Claudinei Oliveira, que estava no Sport. A notícia havia sido antecipada pelo jornalista André Isac, do PUC TV Esportes, na semana passada. No mesmo bate-papo, o dirigente colorado também explicou a surpreendente demissão do técnico Allan Aal, revelou os primeiros jogadores contratados para 2023 e ainda falou sobre a dispensa do volante Romário por causa de um “ato grave”, como foi divulgado pela assessoria de imprensa do clube.

Claudinei Oliveira e Allan Aal

Claudinei Oliveira é aguardado no OBA após uma campanha em que quase subiu com o Sport para a Série A. O técnico de 53 anos tem dois acessos para o Brasileirão com o Avaí e passagens por diversos clubes do futebol brasileiro, como Santos, Athletico, Goiás, Chapecoense, entre outros.

“A proveito pra falar que o treinador do Vila será o Claudinei Oliveira. Juntamente com o Claudinei vem um auxiliar técnico da confiança dele. O Vila Nova contratou o preparador físico Alexandre Lopes pra compor essa comissão técnica, que é um profissional do mais alto nível, já trabalhou em seleção brasileira sub-20, campeão mundial, passou também em São Paulo, Cruzeiro, e vários outros clubes. Ultimamente seu trabalhos foram junto com o Ney Franco, então fizemos esse investimento também neste grande profissional”, confirmou o dirigente, que também explicou a saída repentina do técnico Allan Aal.

“Foi uma decisão difícil, porque foi um treinador que chegou com uma desconfiança e tinha até torcedor pedindo a volta do Higo (Magalhães), mas não trabalhamos aqui com esse espírito. Foi um grande treinador, tenho uma gratidão enorme, mas sentimos que no final do processo, já estava um pouco desgastado. Associado a isso, no próximo ano, existiam algumas alterações contratuais, em que teríamos de aumentar o valor do salário do treinador e a multa contratual dobraria o seu valor. Então entendemos que naquele momento não valeria a pena, então interrompemos esse ciclo”.

Contratações e atacante Alesson

Hugo Jorge Bravo também confirmou na entrevista, os primeiros contratados pelo Vila Nova para 2023. A lista conta com jogadores para todas as posições. No gol, o experiente Vanderlei, 38 anos, que estava no Operário, foi contratado. Também chegam Dênis Júnior e Vitor Hugo, que vêm do Bahia e Figueirense; lateral direito Marcelinho, do Brasil de Pelotas; zagueiro Carlos Alexandre, do Ypiranga; volante Rickson, que estava no Atlético Clube Goianiense; atacantes Vinícius Leite, ex-Paysandu e Avaí, Hyuri, ex-Atlético Goianiense e CRB, e Yago, do Athetico, também acertaram.

“Temos que potencializar as características. Elas vão atender a gente dentro de uma formação de equipe? Então vamos acreditar, porque nós temos um bom ambiente de trabalho, uma boa estrutura e conseguimos passar confiança”, ressaltou Hugo Jorge.

Sobre o atacante Alesson, que foi destaque do Vila Nova na Série B do ano passado, mas que na atual temporada foi emprestado para o Cuiabá, o presidente colorado também deu detalhes sobre o futuro do jogador.

“Nós tínhamos muita vontade na permanência do Alesson. ele tem um contrato aqui, mas ele chegou com uma proposta de ganhar mais do o dobro do a gente pagava pra ele aqui. Nós propusemos aumentar o valor, mas nunca chegar no patamar que a Ponte Preta tá ofertando pra ele. Então exigimos o pagamento pelo empréstimo, que pra Série B é até um padrão alto, mais a renovação de contrato dele e ainda não enfrentar o Vila no Brasileiro. Foi por um valor significativo, três vezes maior do que o Cuiabá, que é Série A, pagou para o Vila. Tinha colocado um valor alto, até pensando que não iam topar o negócio, mas aceitaram. Então quando chegar o dinheiro, libero o atleta. Agora nos resta tentar achar um outro Alesson”, destacou.

Dispensa do Romário

Na última quarta-feira (30), o Vila Nova informou que o volante Romário havia sido dispensado. O motivo, de acordo com a assessoria do clube, foi um “ato grave” cometido pelo jogador. Já o presidente o Hugo Jorge Bravo, disse que foi um “caso de polícia”, porém não deu mais detalhes.

“O Romário é um atleta que subimos ele para o profissional, que tudo quanto é tipo de ajuda, de passar a mão na cabeça, reconsiderar algumas ações, nós fizemos. Mas ele cometeu um negócio aqui, que ele deve responder na polícia. Infelizmente esse é o caso. Falta de ajudar não foi. Eu rescindi contrato dele, não sei se daqui a seis meses ou um ano as pessoas vão saber, mas o que ele fez é gravíssimo, crime, e ele deve pagar por isso”, finalizou.

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