Em entrevista exclusiva ao Sistema Sagres, o presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro, detalhou porque vai repensar sua permanência na presidência do clube. De acordo com o dirigente, muitos problemas o chatearam durante a temporada 2022.
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“Estou muito cansado e chateado demais, com muitas coisas. Desgaste com CBF, desgaste com o STJD, desgaste com alguns presidentes… Eu tenho um fogo amigo aqui dentro do Goiás, quando você toma um tiro de frente, tudo bem. Mas quando o tiro vem pelas costas, você fica preocupado”, frisou.
“O Goiás foi prejudicado sistematicamente, o mais prejudicado do Campeonato Brasileiro. Isso é fato. A gente reclama na CBF e vira chacota. Para você ter uma ideia, até não conheço o presidente da CBF (…). Então é brigar contra o sistema, é brigar contra tudo e todos”, completou.
Durante a entrevista, Paulo Rogério fez um desabafo em relação da Força Jovem, torcida organiza do Goiás. Ao longo da temporada a torcida chegou a realizar protestos contra o dirigente.
“Teve dois dias aqui na Serrinha que eu realmente quase fui embora, quase renunciei. Foi em dois jogos que a Força Jovem cantou musiquinha com meu nome, me expondo ao constrangimento, ao ridículo, perante a todos. Ali eu quis levantar, ir embora e não voltar mais”, relembrou.
“Eu que eu fiz para eles (torcida organizada), nenhum presidente fez. A Força Jovem estava extinta e eu usei todo o meu prestígio, que nunca usei nem para as minhas empresas, e coloquei seis comandantes da polícia na frente deles: ‘ou fazem isso, ou vocês vão ser extintos’. E o que eu recebi de volta?”, questionou.
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Paulo Rogério também lamentou o fato de seu pai, Hailé Pinheiro, ter sido vaiado em sua última visita na Serrinha: “Vaiaram meu pai”. ‘Seu Hailé’ esteve presente na derrota para o Fluminense por 3×2, no dia 20 de julho, em partida válida pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Após os episódios o presidente esmeraldino disse que passou a se questionar se vali a pena seguir no comando do clube e se perguntou: “O que eu estou fazendo aqui?”. Sendo assim, Paulo Rogério resolveu tirar uma licença para pensar sobre seu futuro no Goiás.
“Vou repensar, passar o que eu passei com meu pai, com um câncer terminal… E cheguei a ficar 21 dias sem vê-lo. Vi meus irmãos irem para Brasília ficar com ele e eu não podia ir. Minha mãe também está acamada, larguei meu filho com uma empresa nova, deixei de praticar esportes, larguei tudo na minha vida para levar as porradas que eu levei, desnecessárias. Isso me faz pensar muito. Durante esses dias que ficarei fora vou repensar se vale a pena me doar por mais um ano? Onde isso vai chegar?”, finalizou.