Foto: Divulgação Policia Civil 

A Polícia Civil,  por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), realizou nesta quarta-feira (13) a 4ª etapa da Operação “Goiânia Limpa” que investiga suspeitos de pichação em Goiânia. Após 6 meses de investigações foram identificados os 10 maiores pichadores da capital, sendo que, apenas um deles, pichou cerca de 2 mil pontos; o segundo, cerca de 1 mil pontos entre imóveis comerciais, residenciais, monumentos urbanos tombados, vias públicas, viadutos. As pichações causaram prejuízo material de milhões de reais, além do dano estético e visual à cidade.

O delegado responsável pela Operação, Luziano Carvalho, explica que existem vários grupos de pichadores em Goiânia. “Identificamos em Goiânia em torno de 80 galeras que pertencem a esses grandes grupos”, explica. Para o delegado da DEMA somente as leis não são suficientes para deter os pichadores. “Nós temos que dedicar muito a educação, a mudança de cultura. Tenho conversado com os pichadores e eles serão os maiores responsáveis por essa transformação”, sentencia o delegado.

O delegado explica que os crimes praticados pelos suspeitos serão tratados dentro do que determina a lei, mas destaca que somente a cadeia não é a solução. Para Luziano Carvalho é preciso pensar em alternativas. “Estamos sugerindo a limpeza, também para o prefeito de Goiânia estamos oficiando o nome desses 10 pichadores, aonde eles picharam, aonde que moram para que sejam responsabilizados administrativamente”, defende o delegado. 

O titular da Delegacia do Meio Ambiente disse que as investigações desmitificaram a ideia de que pichadores são da periferia. “O que foi diferente agora desta investigação é que no passado a gente falava assim que era mais gente de periferia, pessoas humildes, agora não. Nós temos empresários, pessoas que fazem faculdade, moram nos condomínios mais luxuosos de Goiânia, tem profissão e tem a idade”, finaliza o delegado.