Daqui a duas semanas, no dia 4 de agosto, os clubes da primeira divisão do Campeonato Goiano se reunirão para discutir o futuro do torneio de 2020. Em pauta, a retomada ou não do Goianão, assim como as demais definições sobre o seu formato e em qual período. Goiás, Atlético Goianiense, Vila Nova, Aparecidense, Anapolina e Goianésia têm suas próprias ideias, assim como o Iporá, que hoje ocupa a 11ª posição com 10 pontos, na zona de rebaixamento.

Em entrevista ao repórter Rafael Bessa, da Sagres 730, Guilherme Gomes, gestor de futebol do Iporá, ressaltou que “emitir opinião em um momento como esse é até mais fácil para quem está em uma posição confortável, o que não é o nosso caso. Não adianta cada um pensar somente no seu clube. Precisaremos nos colocar no lugar do outro, até porque tem vários clubes, cada um com as suas particularidades, então precisamos ajustar e chegar a um denominador comum”.

“O ideal seria terminar dentro do campo e, logicamente, tendo algumas ressalvas para que não prejudique os clubes envolvidos em competições nacionais”, destacou o dirigente, que explicou que “do meio da tabela para trás, todas as equipes têm chances matemáticas de classificação ou de rebaixamento. O término do campeonato em campo excluindo o rebaixamento não sacrificaria algumas equipes economicamente. Algumas trabalham com valores públicos e têm uma facilidade maior, o que não é o nosso caso”.

Na sua visão, sem o peso do rebaixamento “as equipes que querem buscar um algo a mais, como uma Copa do Brasil ou uma Série D, terão que fazer um investimento maior, mas deve ter um bloco de equipes que participarão para cumprir com o regulamento. Tirando esse peso do rebaixamento, temos a visão de não sacrificar as equipes economicamente. É o fim do mundo? Não é. Já que estamos uma situação atípica, decisões atípicas”.

Para Guilherme Gomes, “emendar dois campeonatos com o rebaixamento, para o Iporá, é péssimo. É um clube que depende muito do comerciante e do pequeno empresário e, sabendo que tem dois jogos para classificar ou cair e já pensar no próximo, para captar e vender o seu produto é um trabalho enorme. Temos uma posição definida de que volte quando achar que deve voltar, mas sem o peso do rebaixamento”.

O gestor de futebol do ‘Lobo Guará’ garantiu que apresentará a proposta na próxima reunião, mas caso a ideia não seja acatada, e o campeonato retorne no início do ano, como chegou a ser cogitado, reforçou que “a partir do momento que essa decisão de janeiro for tomada, e se for tomada, só nos resta cumprir o que for determinado e trabalhar para alcançarmos os nossos objetivos dentro do campeonato”.