O mês de novembro geralmente é um período marcado pelo início do período chuvoso, com precipitações mais regulares. No entanto, Goiânia viveu nas últimas semanas temperaturas bastante elevadas, chegando a 39,7 graus. Com o sol de rachar, as chuvas ficaram isoladas e sem muita força, o que impactou na recarga da Bacia do Rio Meia Ponte.

A Bacia do Meia Ponte tem uma característica distinta. Ela é uma “bacia nervosa”, ou seja a alternância do volume é grande. Para se ter ideia, no início da semana, no ponto de captação de água do rio, na região noroeste de Goiânia, a vazão estava pouco mais de 3 mil litros por segundo.

Após as fortes chuvas, o número quase triplicou, subindo para mais de 9,5 mil litros por segundo. “Realmente os números são baixos, as chuvas ainda não conseguiram trazer uma regularidade, até por conta da vazão do Meia Ponte e também de outros tributários também”, explicou o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo),André Amorim.

Tendências

André Amorim explica que até o final do ano a tendência é que a frequência das chuvas aumente, mas ainda deve apresentar irregularidades. “A visão que temos é que gradativamente ele (Meia Ponte) vai se recuperando, mas ainda teremos altas temperaturas, a incidência do El Niño e interfere na regularidade das chuvas”, relatou.

O gerente da Semad ressaltou que apesar da irregularidade, janeiro e fevereiro tendem a ser meses mais chuvosos.

Meia Ponte

O Rio Meia Ponte abastece parte de Goiânia, Trindade, Goianira, entre outras localidades. Grande parte da capital já é abastecida pelas águas da barragem do Ribeirão João Leite.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 06 – Água Potável e Saneamento.

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