O Rio Meia Ponte é o principal manancial de Goiânia e água de sua bacia abastece a capital. No entanto, o rio é maltratado de diferentes formas. Uma das principais agressões é o assoreamento de seu curso d’água e também de seus afluentes. Trabalho realizado pela 1ª Expedição Científica do Meia Ponte identificou 31 pontos de assoreamentos.
O assoreamento é o acúmulo de sedimentos (areia, terra, rochas), lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d’água pela ação da chuva, do vento ou do ser humano.
Dos pontos de assoreamento identificados, os pesquisadores envolvidos no trabalho, dois aterramentos; nove erosões lineares; quatro erosões fluviais;
Há um rompimento de manilha e duas atividades impactantes não coincidentes com usos urbanos (pivôs de irrigação e mineradora).
Sedimentos
De acordo com o relatório, a espacialização dos pontos de impactos indica forte concentração de bancos de assoreamento na região de confluência da sub-bacia do Córrego Botafogo, Ribeirão Anicuns e da sub-bacia do Água Branca.
Ponto grave de assoreamento é na jusante do córrego Botafogo, quando ele desemboca no Ribeirão Anicuns, próximo da foz no Meia Ponte, na região da Vila Roriz.
A produção de sedimentos fica concentrada no leito do canal e tornam-se passivos ambientais da bacia.
Este fato evidencia a forte contribuição de sedimentos provenientes das subbacias afluentes do Meia Ponte na área urbana de Goiânia.
Drenagem
A referenciação a sedimentos urbanos busca destacar que não se trata de bancos de areia. É um material arenoso associado com resíduos de construção civil.
Os processos erosivos são observados na confluência das redes de drenagem. Em dias de chuva, por exemplo, há grande quantidade de sedimentos que desce pela estrutura, e vai parar no Meia Ponte e também nos afluentes.
Os processos de assoreamento estão associados a problemas no sistema de drenagem urbana;
Por exemplo, rompimento ou ausência de sistema de drenagem e lançamento concentrado e acima da capacidade de resistência do corpo hídrico.
*Este conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desevolvimento Sustentável (ODS) 06 da Agenda 2030 da ONU – Água Potável e Saneamento.
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