Dilma Rousseff pode cancelar a viagem oficial aos Estados Unidos programada para o mês de outubro, caso o presidente americano, Barack Obama, não dê “respostas satisfatórias” sobre a suposta espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA), que tinha como alvo a própria presidente e seus assessores.
Irritada com a situação, assessores da área diplomática revelaram que a presidente se sentiu “enganada” pelo governo norte-americano.
Quando estourou as primeiras informações sobre a espionagem realizada pela NSA, os Estados Unidos garantiram que as operações eram de “metadados”, inclusive que as informações seriam de interesse do próprio Brasil.
O governo brasileiro ainda não tem uma posição final sobre o cancelamento da viagem da presidente aos Estados Unidos. Dilma aguarda uma explicação convincente, inclusive com medidas contra a espionagem para desfazer o grande mal-estar gerado após a divulgação da informação que a presidente brasileira foi espionada.
A preferência do governo brasileiro é por manter o compromisso de Estado, mas assessores da presidência afirmam que o país não pode passar ao mundo uma mensagem de que não se importa em ser espionado, por isso, sem uma resposta contundente de Obama, a tendência é que a visita seja cancelada, iniciando assim uma crise diplomática com Tio Sam.