Se o futebol aos poucos volta à ativa no sul do país, em Goiás essa é uma realidade ainda distante e desconhecida. Em entrevista à Sagres 730 nesta terça-feira (12), o governador Ronaldo Caiado deixou claro o posicionamento contrário do governo estadual sobre o retorno dos treinamentos nos clubes, e que “nada será flexibilizado”.

Uma posição que o Atlético Goianiense esperava maior sensibilidade, porém já aguardada no Goiás, como afirmou Marcelo Almeida, presidente executivo esmeraldino. Em entrevista à Sagres 730, destacou que “tenho tido conversas frequentes com o Ismael (Alexandrino), secretário de saúde, e já imaginava que isso pudesse acontecer. Por ser médico, estou muito próximo disso tudo e tenho dito a respeito do meu temor em voltar aos treinamentos”.

“Tenho ouvido meu colega Adson, que está querendo voltar, e em algumas conversas expus o meu posicionamento, dizendo que não estava 100% favorável a esse retorno, exatamente por saber o posicionamento das autoridades”, frisou o dirigente. Sobre uma definição do retorno, “para evitar ficar mudando de data, dissemos que estaríamos estudando semanalmente o cenário e que talvez pudéssemos mudar radicalmente”.

Para Marcelo Almeida, “é o que aconteceu, tivemos hoje o posicionamento do nosso governador e ele foi muito taxativo em dizer que os treinamentos não devem ser iniciados. Quem tem os números na mão são as autoridades, eles sabem o que estão falando e fazendo e não iriam simplesmente vetar por vetar. Então acho que está certo, temos que ter ser esse temor sim”.

A nova postura “é lamentável e obviamente gostaríamos de voltar à prática do futebol, todo mundo está sentindo muito falta, mas não podemos agir de ímpeto, e sim com responsabilidade. Não à toa, o nosso governador está tentando tomar medidas mais agressivas para de repente fechar tudo de novo e, daqui a pouco, daqui a 10 ou 15 dias, podemos nos deparar com números assustadores, que é tudo o que não queremos”.

Estádio Hailé Pinheiro

Sobre as obras na Serrinha, que segundo o superintende de patrimônio do clube esmeraldino esperava iniciar a montagem da arquibancada leste nesta semana, Marcelo Almeida ressaltou que “vamos aguardar o posicionamento do governador, porque acredito que ele vá agir dependendo dos ambientes em termos do que pode expor à população a maior ou menor risco. A construção civil, dependendo do grau de avaliação que as autoridades tiverem, de repente não oferece tanto risco para o trabalhador”.

“Sabemos que na construção civil os empregados trabalham obedecendo uma distância muito grande um do outro. O risco seria, obviamente, porque a grande maioria desses trabalhadores se deslocam por transporte coletivo, mas de qualquer forma prefiro aguardar. Tomara que não pare, porque se parar infelizmente as obras na Serrinha serão paralisadas e também é tudo o que não queremos”, completou o presidente executivo esmeraldino.