Em sua estreia no Goiás Esporte Clube, o técnico Jair Ventura por pouco não saiu vitorioso e garantiu os três pontos diante do Palmeiras. O Esmeraldino sofreu o empate no apagar das luzes e o treinador afirmou que, por ter sofrido o gol no fim, ficou uma “sensação ruim” para o time.

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“A gente enfrentou o bicampeão da América, com seu time completo e lógico que esse gol no último minuto, com 9 de acréscimo, a gente fica com aquela “sensação ruim”. Mas, respeitamos demais a equipe do Palmeiras, uma excelente equipe. Lógico que queríamos os três pontos, jogando em casa, com essa linda festa da nossa torcida”, lamentou.

Para começar jogando, Jair Ventura optou por deixar Élvis no banco. Na coletiva pós-jogo, o técnico explicou a opção e comentou sobre escalar o meia juntamente com Fellipe Bastos.

“Temos 30 atletas aqui e o único com quem já trabalhei foi o Élvis, fomos campeões em 2015 da Série B com o Botafogo. Mas, eu trabalho com meritocracia. Trouxe minha comissão, tenho bons profissionais e trabalho com aquilo que acredito. Não posso priorizar alguma escalação por conta de algum jogador que já trabalhei. Trato todos com igualdade. Vão ter jogos que vou precisar de um organizador e ele tem essa característica”, ressaltou.

“Não existe nada no futebol que não pode jogar esse com aquele, ou dois zagueiros de perna esquerda. Isso não existe. Tudo é possível dentro de uma estratégia. Vocês vão ver aqui plataformas diferentes, começamos no 4-3-3, daqui a pouco eu fiz 3 zagueiros, lógico pela lesão, mas já tinha baixado um pouco o Auremir para tirar a amplitude do Dudu, que estava dando muita dificuldade”, explicou.

Ainda no pós-jogo, Jair Ventura respondeu se já deu para passar um pouco do seu trabalho, por conta da sua recém chegada, e se essa formação com 3 zagueiros poderá ser mais usada.

“Não existe sistema definido, tem uma ideia de jogo definida, que pode ser um 4-4-2, um 4-4-3. Então, por vezes vou mudar o sistema, mas a ideia do que fazer com a bola e sem a bola a gente vai tentar implementar de maneira gradativa. Lógico que não deu tempo, o mérito é total dos atletas, da comissão que aqui estava, não fazemos milagre em dois dias. Não tenho pretensão do time ter a minha cara, tem que ter a cara do Goiás”, revelou.

Quando contratado, Jair Ventura sofreu críticas por parte da torcida, em que alegaram que o técnico seria muito retranqueiro e só se defenderia. Entretanto, o profissional fez questão de negar esse rótulo.

“Se você se preocupar com o que as pessoas falam, não pode sentar onde estou, porque convivemos com críticas a todo momento. No meu último trabalho no Juventude, se eu só defendo não consigo ganhar e a gente conseguiu sair do Z-4. Já falei que sou um cara extremamente mutável em cada jogo. Respeito as opiniões de todo mundo, rótulos existem, mas faz parte. Temos que conviver. Acho que ninguém tem 6 campeonatos Série A sem rebaixamento não propondo para vencer”, pontuou.

Assista à entrevista coletiva completa: