Jardim Botânico: parque tem maior área verde de Goiânia

O Jardim Botânico de Goiânia, Amália Hermano Teixeira, é a maior área verde na área urbana da capital. A unidade tem extensão de 1 milhão de metros quadrados e contempla remanescente de área fechada de mata, com espécies nativas do cerrado e animais silvestres. Por sua beleza particular, o parque tem chamado a atenção de noivos ao longo dos últimos anos e celebrações de casamento são realizadas no local.

A unidade possui lago e pista de caminhada. A área é um tremendo “pulmão verde”, na região sul da cidade, colaborando para qualidade de vida da fauna, flora e da população que mora no entorno do parque, ou que frequenta a unidade.

O Jardim Botânico limita-se ao sul com a Vila Santo Antônio, a noroeste com o Setor Pedro Ludovico e a leste (de maior extensão) com a Vila Redenção, chegando próximo a BR-153. Sua área está dividida em dois grandes espaços distintos separados pela Avenida 3a Radial. 

Apesar de estar bem localizada, a unidade apresenta características distintas de outras na cidade, não só pela divisão, ou por sua extensão, mas pela sua composição e entorno, sendo cercado em sua maioria por edificações de pequeno porte. Aos poucos o parque vem conquistando novos visitantes, por ser um refúgio verde no meio da cidade. 

Casamentos

A cada dia de uso é cobrada uma taxa de R$ 201 para custeio de eventuais manutenções. A capacidade máxima é para 500 pessoas e tudo deve ser feito com pelo menos com 7 dias úteis de antecedência ao evento. No local há um pier, que se converte em palco ou altar sobre as nascentes do Córrego Botafogo, e na grama há o teatro de arena. Ao fundo das águas o colorido verde da mata nativa, que embeleza e emoldura a paisagem.

O Jardim Botânico possui beleza singular, e o cenário verde pintado no meio de Goiânia tem sido palco para celebrações de casamentos. Os interessados podem abrir um processo na Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), pagar uma taxa de R$ 66 informando o possível impacto com som e quantidade de pessoas.

(Foto: Rubens Salomão)

Histórico

De acordo com relatório desenvolvido em meados de 2013, pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-GO), o Jardim Botânico foi idealizado no projeto original de Goiânia.  Já era previsto que ele fosse parte do sistema integrado de áreas verdes e sua extensão original contava já com 1 milhão de metros quadrados.

O Jardim Botânico foi inaugurado em 1978, na época do II Congresso Latino Americano de Botânica, promovido pela Sociedade Botânica do Brasil, realizado em Brasília e Goiânia. 

O congresso foi constituído por um grupo de trabalho no Instituto Municipal de Planejamento – IPLAN para elaboração do projeto do Parque. Já em 1979, o Jardim Botânico e seu entorno foram invadidos por cerca de 800 famílias de baixa renda em busca de local para construir suas habitações. 

Houve danos ambientais como o desmatamento das áreas periféricas e a inserção de espécies vegetais invasoras na mata nativa, afetando as nascentes do Córrego Botafogo.

Em 1994, na gestão do Prefeito Darci Accorsi, foi criada a Coordenadoria do Jardim Botânico, na então Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA. Foi também baixado o decreto n° 2.109, expedido pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, que tombou o Jardim Botânico. Em 1995 começaram as negociações para desocupação das áreas do Parque.

(Foto: Rubens Salomão)

Funções Ambientais

O Jardim Botânico tem entre as suas funções, o desenvolvimento de pesquisas e a realização de atividades de recreação e educação ambiental. No parque, nasce o Córrego Botafogo, um dos principais mananciais da cidade. 

A unidade exerce uma importante função de regulação e controle do microclima. Basta circular pela região do Botânico para sentir uma temperatura mais amena. Tal fato é perceptível principalmente em dias de calor intenso.

Além disso, a unidade ambiental colabora para a drenagem urbana, pois ajuda para que a velocidade da chuva seja reduzida, por meio da copa das árvores, e haja maior infiltração da água. 

Há também conservação da biodiversidade, fornecimento de oxigênio e absorção do CO2, e ainda barreira sonora. 

Outros equipamentos

O Jardim Botânico é dividido em duas grandes partes: uma fica do lado onde funciona o viveiro da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que produz mudas de espécies ornamentais para o plantio nas áreas verdes da cidade

A outra está do outro lado da Avenida Terceira Radial e inclui a sede do Jardim Botânico e algumas estruturas de lazer, além de um viveiro de plantas nativas para revegetação das áreas degradadas do município. 

As principais espécies encontradas na mata são: o Jatobá, o Jacarandá Mimoso, o Buriti, a Mutamba, o Chichá, o Pau Terra, a Escova de Macaco, o Guatambu, a Guaritá, o Murici, a Embaúba, a Paineira, os Ipês Roxo e Amarelo e o Jequitibá. 

Ainda na área do Jardim Botânico, há um horto de plantas medicinais que recebe assessoria da equipe técnica do Jardim Botânico, favorecendo a comunidade ter conhecimento sobre as plantas consideradas medicinais e bem como a identificação botânica. 

No horto, podem ser encontradas várias plantas de uso pela população. Assim, temos: Sambucus australis Cham. & Schiltdl. (sabugueiro), Plectranthus barbatus Andrews (sete-dores), Vernonia condensata Baker (falso-boldo), Mentha piperita L. (hortelã), Mentha pulegium L. (poejo), Ocimum basilicum L. (Alfavaca) e outras.

(Foto: Rubens Salomão)

Goiânia 90 Lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

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