Apenas na nona posição do Campeonato Goiano, a Aparecidense corre um grande risco de ficar fora da próxima fase da competição. Na última rodada, precisa vencer o Novo Horizonte e torcer por, pelo menos, um empate do Grêmio Anápolis contra o Itumbiara, ou então da Anapolina contra o Goiânia.
“O Itumbiara é vida dele. Vai fazer promoção e lotar o estádio. O Goiânia tá correndo do Atlético e do Vila, então não tem isso não. Na situação que estamos, primeiro é fazer a nossa parte ganhando o jogo”, disse João Rodrigues Cocá, diretor de futebol da Aparecidense, descartando qualquer incentivo para que Itumbiara e Goiânia vençam seus jogos.
Ainda no campo financeiro, Cocá afirmou que não vai aumentar a premiação para os jogadores da Aparecidense pela classificação. “A premiação é bicho que eles ganham por vitória. Aqui não mudar nada do que temos feito. Damos toda a condição que um atleta profissional precisa. Eles devem dar o resultado em campo”.
(Foto: Marielly Dias – Aparecidense)
Na entrevista para o comentarista Charlie Pereira, da Sagres 730, Cocá tentou explicar o motivo da campanha ruim no Campeonato Goiano, mesmo com a Aparecidense tendo um bom dinheiro para a montagem e manutenção da equipe, pois tem uma parceira com a prefeitura de Aparecida de Goiânia. Na oportunidade, assumiu a culpa e citou dois jogadores para justificar o desempenho ruim.
“Nós nunca tivemos uma crise como agora. O time não deu liga, o time não engrenou. Trouxemos jogadores como o Moisés e Alex Henrique, que voltou após boa campanha no Vila, e que não têm nos ajudado. A bola tá queimando no pé dos nossos jogadores. A culpa é minha, pois foi eu quem contratei”, lamentou o dirigente.
Vice-campeã no ano passado, Cocá temeu pelo rebaixamento e utilizou exemplos de times do interior que conquistaram o Estadual e depois foram rebaixados, martelou a cabeça. “Já vi esse filme com outras equipes. O Itumbiara foi campeão em um ano e no outro caiu. Goiatuba, Crac, times que foram campeões e depois caíram. Fiquei com medo, porque a bola tá pesada. O jogo contra o Grêmio Anápolis foi um dos piores. Busquei tudo o que precisava. Trouxe o Edson júnior para o lugar do Márcio Fernandes que não estava bem, mas as coisas não encaixam. Só fizemos neste ano uma grande partida, que foi contra a Ponte Preta”, lembrou Cocá.
Mesmo com a campanha instável, Cocá isentou o técnico Edson Júnior, e o garantiu para o segundo semestre da temporada. “Não decepciona, tanto é que vou ficar com ele para a Série D, independente da classificação no Campeonato Goiano. Acho que está fazendo um bom trabalho, faz de tudo, mas não faz milagre. O que tem que acontecer é os jogadores voltarem a ter confiança e chamarem a responsabilidade. Só trouxer o Vanderlei Luxemburgo aqui, ele não vai conseguir do jeito que está. Espero que a partir desta quarta possa mudar a história da Aparecidense”, ressaltou Cocá, que sabe que não tem escolha em caso de classificação.
“Quero correr pra enfrentar os dois – Goiás ou Atlético – pois neste momento não pego nenhum, né. O futebol tem muita coisa. Quem sabe a gente não consiga classificar em oitavo e fazer história”.