Dezenas de jovens do programa Aprendiz do Futuro participaram nesta quarta-feira (18) de um encontro na sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Seds) sobre conscientização em relação às formas exploração sexual e como enfrentar a violência. O evento também foi transmitido pelo canal da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) no Youtube.
A live surgiu da necessidade de levar aos jovens informações sobre o que é e como combater o abuso sexual, como explica o
superintendente da Criança, Adolescente e Juventude, Ricardo Costa Gonçalves. Confira a reportagem de Palloma Rabêllo
”Sentimo-nos na obrigação de alertar, conscientizar e poder informá-los dessas práticas para que eles possam denunciar assim que, porventura, eles tenham conhecimento de um amigo, primo ou vizinho que venha a sofrer isso”, afirma.
Há 49 anos, no dia 18 de maio de 1973, Araceli, uma menina de 8 anos de idade foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por jovens de classe média alta de Vitória, no Espírito Santo.
Por isso, o mês de maio foi eleito para representar o mês de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A flor como símbolo da campanha “Faça Bonito” foi escolhida como representação da fragilidade infantil e necessidade de serem cuidadas e protegidas.
No Brasil, segundo o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Criança e Adolescente, três meninos ou meninas são abusados a cada hora no Brasil. Das vítimas, 51% têm entre 1 e 5 anos de idade.
O gerente da Criança e do Adolescente da Seds, o Bruno Souza, o índice, infelizmente, só vem aumentando. ”O abuso é praticado quase 100% por pessoas que são próximas. A pandemia prejudicou e aumentou muito esse número de casos de abuso sexual”, salienta.
A gerente de Políticas Públicas para a Juventude, Cejane Gonçalves Ribeiro, afirma que a educação sobre este assunto é fundamental para a formação dos jovens, e o acesso a este conteúdo é de extrema necessidade para o combate às práticas criminosas.
”Se nós não falarmos disso, não tem como ele saber o que é crime, aonde está o limite, quem ele deve procurar, como ele pode denunciar. Esse tipo de informação é extremamente importante até para que ele denuncie esse tipo de crime”, pontua.
A advogada Jade Yasmim Reis, uma das palestrantes do evento, enumera alguns dos assuntos abordados com os jovens aprendizes. ”Falamos sobre os ciclos de violência, como identificar esse tipo de violência no seio familiar”, destaca.
A jovem aprendiz Raissa Rodrigues, disse que aprendeu muito com as palestras do evento. ”Aprendi a ver os sinais de quando a pessoa está sendo abusada em um relacionamento como por exemplo quando ela está mais acuada, mais triste com a autoestima mais baixa. Pode ser porque alguém está abusando dela psicologicamente”, conclui.
Assista à live a seguir
Com informações da repórter Palloma Rabêllo
