As empresas públicas e privadas do Brasil devem passar por adequações para integrar o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) e o Marco Regulatório do Saneamento Básico. São políticas públicas voltadas para o manejo e descarte de objetos. O Planares já existia desde 2010, mas foi atualizado em 2020 para se alinhar ao novo marco do saneamento. 

O Planares é responsável por determinar normas para o manejo de resíduos na cidade. Um dos principais pontos dessa política é reduzir nos aterros sanitários o lixo que não pode ser reaproveitado. Para isso, é importante que as pessoas não misturem vidros, plásticos, orgânicos e outros tipos de materiais no mesmo recipiente. Confira a reportagem a seguir

O diretor comercial, Rafael Gonçalves, é síndico do condomínio onde mora e diz que a reciclagem já funciona no local. Além disso, sua empresa também já adota práticas sustentáveis.

“A gente iniciou esse trabalho desde que começou a empresa, com pequenos ajustes, desde ter uma folha reciclada, um material ecologicamente correto, a coisas maiores, que são o reaproveitamento de embalagem mandando esse material para indústria de transformação”, afirma.

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) também adota medidas para garantir a sustentabilidade do meio ambiente. Segundo o defensor-geral Domilson Rabelo, quase 100% do material reciclável é devidamente separado, tratado e direcionado corretamente de acordo com as regras ambientais.

“Nós optamos por levar esse material reciclável para cooperativas. São pessoas que fazem um trabalho fantástico, que precisam desse ativo. O que seria lixo para uns é ativo financeiro para outros, e com esse material sustentam suas famílias e além disso, projetam de forma muito positiva o adequado tratamento e a saúde do meio ambiente”, argumenta.

Um dos objetivos do Planares é dar direcionamento correto aos descartes e acabar com todos os lixões até 2024. Diferentemente dos aterros, que são regulamentados e seguem normas estabelecidas na ABNT, os lixões são apenas espaços onde as pessoas descartam lixo sem o tratamento adequado.

Para que Goiás cumpra com o plano de manejo estabelecido pelo Planares, é preciso que o estado construa mais aterros e elimine todos os lixões. O Superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marco Neves, argumenta que os municípios juntamente com o Estado deveriam definir lugares para construir aterros que atendessem a pelo menos 20 cidades.

“A Semad já indicaria o lugar mais apropriado para a construção desse aterro regional e nós já fizemos isso. A Semad já indicou uma localização prévia para 12 grandes centrais regionais, que a gente chama de tratamento de rejeitos, distribuídas pelo Estado e isso foi apresentado para a Assembleia Legislativa”, explica Neves.

Além da importância do plano para as empresas, Rafael Gonçalves pontua que o cidadão também é responsável pelo processo que caminha para a sustentabilidade das cidades.

“Eu entendo que cada um na medida do seu possível e no seu mundo vai ter que ir fazendo o que consegue, o que acha que pode melhorar. Com todo mundo fazendo a sua parte, eu tenho certeza que tende a facilitar para um modo geral”, completa.

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