A Justiça deferiu nesta terça-feira (02) a interdição do Centro de Internação Provisória (CIP) localizado no Jardim Europa, em Goiânia. O Poder Judiciário atendeu a uma solicitação do Promotor Alexandre Mendes, que foi justificada pela falta de estrutura para atender os adolescentes.

Segundo ele, no local não há condições hidráulicas, elétricas, e a estrutura física está caindo. “As camas estão quebradas, os adolescentes estão fabricando armas, e os trabalhadores estão correndo risco tanto de saúde quanto de segurança”, aponta.

O Promotor ainda afirmou à repórter Nathália Lima que o Poder Púbico não tem dado a devida atenção a estas ocorrências, deixando acontecer várias rebeliões, considerando que o Juiz responsável tem o prazo de 10 dias para indicar um local para onde os adolescentes serão encaminhados.

O CIP é uma instituição ligada à Secretaria de Cidadania e Trabalho, que visa a ressocialização do jovem, e também cumprir com as determinações expedidas pelos juízes da infância e juventude.

No Centro, o adolescente permanece por um período de 45 dias, recebendo atendimentos multiprofissionais. A Superintendente da Secretaria de Cidadania e Trabalho, Luzia Dora, afirma que ainda não recebeu oficialmente a determinação da interdição, mas uma reforma já está sendo feito no Centro, no entanto há o problema de falta de servidores.

“Não é meta deste governo fazer uma reforma substancial na unidade, então está havendo uma pequena reforma, já que ela foi improvisada há muitos anos e está sendo mantida até agora. A nossa proposta é que se construam espaços novos e transfiram os meninos para essa nova unidade”, opina.

Segundo ela, a Secretaria de Cidadania fez um concurso público no ano passado, terminou os contratos temporários, na expectativa que fosse possível nomear os aprovados no concurso. Neste momento, uma ação judicial impediu que houvesse a nomeação, nomeando apenas 40% dos aprovados, justificando então a falta de servidores.