Foto: Divulgação/Perfil Social

O senador Jorge Kajuru(PRP) negou ter feito acordo com seus suplentes para que eles assumissem o cargo em determinado período de seu mandato. O assunto veio a tona depois de uma entrevista do governador Ronaldo Caiado (Dem) durante o velório do primeiro suplente do senador, Benjamin Beze Junior, o Bezinho. Ele morreu durante uma viagem a Colômbia, onde sofreu um mal súbito.

Ronaldo Caiado disse que Kajuru tinha feito o compromisso de abrir espaço para Benzinho exercer no senado. “Como primeiro suplente, ele assumiria o mandato por um período de quatro meses. Ele teria a oportunidade de colocar seus pensamentos, suas ideias e se tornar um senador da república pela cidade de Anápolis. Esse era o compromisso feito”, garantiu Caiado.

O vereador goiano Milton Mercez (Patriotas), também falou com a reportagem da Rádio Sagres 730 sobre ter feito o mesmo acordo com Kajuru. Milton era segundo suplente do senador, mas com a morte de Bezinho passa a ser o primeiro.

“Os acordos que eu tive com ele foi bem antes. Cada um assumiria a cadeira por seis meses, mas o resto do mandato é dele. Ele tem que aguardar a hora certa e quando puder me convidar eu vou assumir o meu papel por seis meses, como ele me prometeu. Fizeram esse compromisso com a gente em nossa participação na campanha”, revelou.

A Sagres 730 também ouviu Kajuru, que ao contrário do falado por Ronaldo Caiado e Milton Mercez, nega a existência de tal acordo. “Eu francamente fiquei aturdido com essas notícias. Se houve alguma coisa entre Caiado e Bezinho, se os dois conversaram sobre os sete anos restantes que eu tenho de mandato como senador da república, eu não tomei conhecimento. O Bezinho nunca me falou de conversa com Caiado. Até porque esse assunto não pertence ao Caiado”, defende.

O senador garante que o acordo não existe e garante cumprir seu mandato até o final. “Eu nunca tive nenhuma conversa garantindo tempo de mandato a nenhum deles. Vou ficar até o fim do mandato e, caso haja necessidade, um suplente deve assumir por quatro meses apenas. Mas não tem nenhuma palavra dada, decisão ou documento assinado. Até porque o eleito fui eu, não o suplente. Eles ajudaram, mas o povo votou no Kajuru”.

Na entrevista, o senador descarta ainda a possibilidade de reeleição ou candidatura a outros cargo. “Vou seguir meu mandato até o final, não vou ser candidato a nada, como tem muita gente falando. Eu não faço isso. Se eu dei a palavra de cumprir meu mandato, se eu dei a palavra que sou contra a reeleição, eu vou cumprir o que eu disse, ao contrário dos outros como muitos estão falando”.

O senador Jorge Kajuru está em seu segundo ano de mandato. Ele foi eleito em 2018 com 1.557.415 votos. Diferente dos mandatos de vereadores e deputados, o mandato de um senador é de 8 anos.

*Com reportagem de Rafael Bessa