Foram três jogos sem o artilheiro, e no fim, o resultado foi o mesmo: derrota. O Atlético vai tentando se virar sem o atacante Junior Viçosa e terá que aprender isso de forma contundente, porque ele não deve voltar tão cedo. A lesão sofrida por Viçosa contra o Bragantino não é tão simples como parece, e quem garante isso é o técnico Hélio dos Anjos, que revelou que o jogador pode voltar apenas para as rodadas finais da Série B.

A informação cai como uma bomba para a equipe, que ainda não conseguiu se encontrar sem o atacante e também sem o capitão Márcio, que deve retornar no próximo jogo. Hélio destacou que se falou em 45 dias de recuperação para a lesão no tornozelo sofrida por Viçosa, que atingiu os ligamentos da região, mas Hélio acredita que, para uma recuperação plena, Viçosa passará por um processo muito longo de tratamento.

“Não tem como um jogador, com a característica do Viçosa, passar 45 dias, como já é previsto, e você falar que ele vai voltar com 50, falar que vai voltar com 60 dias. Pode até entrar dentro de campo, mas vai ter problema. Nós temos que ser muito honesto nessas coisas, então o Viçosa, pra mim, se voltar nas últimas rodadas, vai ser um grande ganho. A contusão dele não é tão simples, foi diagnosticada primeiro em ultrassom, depois na ressonância magnética e a gente sabe como é”

Desde o início do ano no Atlético, Viçosa já participou de 26 dos 57 gols marcados pelo Atlético na temporada, quase metade de toda a produção. O jogador tem 19 gols na temporada: nove pelo Goianão, sete pelo Brasileiro Série B e três pela Copa do Brasil. Além disso, deu seis assistências para os companheiros, números que mostram a liderança e faz o Atlético temer a ausência do jogador.

Mais dor de cabeça

Outro jogador também tem preocupado bastante o técnico Hélio dos Anjos: o lateral esquerdo Thiago Feltri. O jogador tem tido problemas musculares em sequencia e não consegue, sequer, treinar em alto rendimento com os companheiros. O último jogo de Feltri pelo Dragão foi no dia 26 de Julho e Hélio explica que ainda não sabe quando poderá contar com o jogador, que terá de passar por um processo longo de transição para dar fim às lesões.

“Me preocupa, sempre. Eu conheci o Feltri em outras condições, foi em 2009, ele tava bem demais, em 2011 também bem demais, e hoje, pelos problemas que ele teve no ano passado, quando jogou muito pouco, ele passa por um processo parecido com o do Juninho. Daqui a pouco ele vai passar pela transição, que é longa, como a do Juninho. Quando levamos ele pra campo, o Feltri acusou uma fragilidade no músculo, que treina e sente dor num ponto, localiza em outro, e me preocupa”