Entidades firmaram nesta semana o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado do Cerrado. O projeto define compromissos ambientais para a pecuária no bioma. Destaca-se um conjunto de regras feitas por várias organizações para ajudar os fazendeiros a desenvolverem práticas socioambientais na criação de gado.
A proposta apresenta 11 critérios e gera uma base comum de conformidade socioambiental para os criadores. Serve-se assim como um guia para a produção e a compra responsável de gado do Cerrado.
O Protocolo do Cerrado estabelece diversas regras para os produtores, para garantir que eles estão cadastrados corretamente e não desmatando áreas protegidas.
Informações sobre conformidade com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e eventuais sobreposições com áreas de proteção (como Terras Indígenas e Unidades de Conservação) servem como referencial de conformidade.
Grandes frigoríficos e grupos varejistas alimentares do país – JBS, Minerva, Marfrig, Frigol, Masterboi, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e Arcos Dourados já aderiram à iniciativa
Dados do IBGE e do Ministério da Agricultura mostram que o Bioma tem 60 milhões de cabeças de gado, ou seja, cerca de 36% do rebanho nacional. ]Organizações como Proforest, Imaflora e National Wildlife Federation (NWF) desenvolveram trabalho conjunto para construção do protocolo.
O protocolo também recebeu contribuições do WWF Brasil, empresas de alimentos, compradores, do Ministério Público Federal, associações pecuárias e membros da sociedade civil.
O documento leva em conta ainda, se há denúncias de trabalho escravo ou embargos ambientais, e verifica se os animais são transportados legalmente.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis, entre outros.