(Foto: Câmara dos Deputados)

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O líder do Governo na Câmara dos Deputados, deputado Vitor Hugo (PSL), disse à Sagres 730, nesta quarta-feira (26), que a oposição está “potencializando” a interpretação do vídeo divulgado nesta terça-feira (25) pelo presidente Jair Bolsonaro convocando seus apoiadores para um protesto contra o Congresso Nacional, em 15 de março. “Vi o vídeo e não vi nada como ataque ao Congresso”, disse.

Usando o WhatsApp de seu celular pessoal, com o brasão da República como avatar, o presidente compartilhou um vídeo em que ele é apresentado como candidato a mártir, que teria arriscado a vida e quase morrido para salvar o povo brasileiro e ao qual o mesmo povo deveria dar uma recompensa: ir às ruas em 15 de março se manifestar contra o Congresso.

O ato foi convocado após o vazamento, no sistema de som do próprio Planalto, de uma conversa em que o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, chama os congressistas de “chantagistas”, manda um palavrão e sugere que as pessoas deveriam ir às ruas se manifestar contra o Congresso. A informação do compartilhamento do vídeo, revelado ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo, provocou grande repercussão entre líderes de todos os partidos políticos. A maioria considera como grave ameaça à democracia brasileira.

Vítor Hugo afirma entender “o contexto” do vídeo do presidente Bolsonaro. Ele reconhece que há uma “fricção” entre o Legislativo e o Executivo por conta de emendas impositivas incluídas pelos parlamentares no Orçamento da União. “Quando você transforma praticamente todo o orçamento em emendas, toda parte discricionária, toda parte não carimbada do orçamento, passa para a possibilidade de ser indicado pelo Legislativo, que é o que está em discussão, você tira a possibilidade desse projeto vitorioso que foi escolhido pelas pessoas, dele ser implementado”.

O líder do Governo defende a convocação do protesto, diz que o povo é o detentor do poder e que pode pressionar o Congresso caso esse não aprove medidas de seu interesse. “As pessoas têm o direito de se manifestar, de criticar as instituições, com todo respeito, de maneira pacífica, mais de mostrar sua insatisfação. Acho que nós todos temos que trabalhar para que as instituições se fortaleçam, mas isso não pode ser utilizado quando alguém convoca uma manifestação, você não pode dizer que a população que é a detentora na verdade do poder, quando ela se levanta para mostrar uma posição mais firme, que ela está indo contra as instituições”, declara.

Questionado se Bolsonaro não está usando os mesmos artifícios que Hugo Chávez usou na Venezuela, de colocar o povo contra o Congresso, Vitor Hugo negou. “Não vejo no presidente nenhuma disposição para transformar o Brasil numa Venezuela”, afirmou. Segundo ele, a presença de militares no governo de Bolsonaro não quer dizer que o Brasil se transformará em um governo autoritário. “É natural essa presença. Se ele fosse um médico haveria grande número de médicos no governo. Ele conviveu ao longo de sua vida com militares.” Ele diz ter certeza “do espírito democrático de todos os militares que estão ao lado”.

O deputado também falou sobre a dificuldade de formação da Aliança pelo Brasil a tempo das eleições deste ano. Em entrevista à Sagres, nesta terça-feira, ele admitiu que está “cada vez mais difícil criar o partido por causa da burocracia”. Diante dessa possibilidade, o deputado afirmou que o grupo de Bolsonaro vai conversar com partidos que se dispõem a ceder vagas para os bolsonaristas disputarem a eleição deste ano. Ele, contudo, não quis adiantar os nomes dos partidos com os quais mantém conversação.

Gafe histórica

O deputado do PSL admitiu que foi um “erro grotesco” o requerimento que apresentou na Câmara dos Deputados propondo a realização de uma sessão especial, em 27 de outubro, para comemorar o aniversário de Goiânia. Na justificativa, o texto diz: “Anteriormente conhecida como cidade do (sic) Goiás ou Goiás Velho, Goiânia é uma das cidades brasileiras que possui grande destaque na história do Brasil”. “Houve uma falha na elaboração e, lógico, uma falha minha na hora de checar os documentos. Eram muitos documentos, muitos requerimentos e nós vamos corrigir imediatamente. Eu preciso do apoio dos líderes tanto para apresentar e para retirar, eu só consigo fazer isso, provavelmente, na segunda-feira”, afirmou o deputado que disse também que precisou pedir desculpas para o filho, que é goianiense e ficou bem chateado com o equívoco.

Assista ao Manhã Sagres

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