A eleição no Vila Nova, de fato, começou. E já pega fogo. Depois de uma terceira via no clube surgir, formada por novos conselheiros, o advogado e candidato na chapa de oposição, Magid Fleury, enumerou erros e explicou o porque de uma disputa eleitoral no clube. Em entrevista à RÁDIO 730, Magid revelou que tentou, até o último instante, uma composição com o atual grupo que comanda o Vila, mas ficou surpreso com a entrevista de Carlos Alberto Barros, pela manha, ao repórter Vinícius Tondolo.

“O que aconteceu é que nós fomos colhidos de surpresa pela entrevista dada pelo Carlos Alberto Barros na rádio, colocando claramente quem é o candidato à presidência executiva, que é o Sr. Joás Abrantes, inclusive com remuneração a um membro executivo que ficaria por trás, que vai custar caríssimo ao cofres do clube. Nós não concordamos com isso, não passa pela nossa cabeça porque temos pessoas muito capazes de dirigir o Vila”.

Por isso, Magid Fleury, que compõe a nova chapa como candidato à vice-presidência, viu a necessidade de se montar, rapidamente, uma chapa adversária e que não recuará diante da ameaça de Carlos Alberto Barros de que todo o grupo atual renunciaria. O advogado e conselheiro do Vila quer um processo democrático e disparou que não concorda com a forma que o clube tem sido conduzido. Além disso, demonstrou que as glórias do acesso para a Série B não podem ser creditadas apenas ao grupo de Leonardo Rizzo.

“Nós queremos o Vila Nova para todos, um Vila aberto e unido. O Vila está sendo conduzido por uma frente única, e nós não concordamos da forma que está se conduzindo o nosso futebol. Nós tivemos dificuldade para subir para a B, mas graças a Deus e a esse grupo, subimos, mas tem que reconhecer que o trabalho foi iniciado lá atrás. Dos jogadores que esse grupo trouxe, aproveitaram-se três. Se for analisar quem contribuiu para o sucesso do Vila, colocamos em primeiro lugar uma coisa chamada sorte, nós tivemos muita sorte”.

A grande questão em torno da eleição e da disputa entre os dois grupos é a questão financeira, algo que deixou o Vila em situação crítica nesta temporada. O grupo atual, que tem Newton Ferreira como diretor de futebol, já destacou que o Vila custará R$2 milhões nos primeiros meses de 2014, e que depois, com a receita da televisão, ficará mais fácil de ser administrado. Magid Fleury vê o Vila como um clube viável e promete trabalho intenso para colocar o Vila no topo.

“O Vila Nova, a partir de Março, se torna altamente viável, serão só dois meses de luta, dois meses puxados, Janeiro e Fevereiro. Isso desde que nós possamos pegar, caso eleitos, o Vila Nova em dia a partir da eleição de 9 de Dezembro. Até esse dia, nós temos claramente visualizado que a obrigação, em todos os sentidos, é da atual diretoria. Se por acaso formos o grupo eleito no Vila, pode ter certeza que todos nós estaremos de mangas arregaçadas em prol do Vila e o clube não deixará de honrar seus compromissos”.