O prefeito eleito por Goiânia, Maguito Vilela, continua com sedação leve e períodos de despertar, segundo o novo boletim médico divulgado nesta segunda-feira (21). O documento é assinado pelos médicos pneumologistas Marcelo Rabahi, Carmen Barbas, e pelo diretor médico e de Serviços Hospitalares da unidade, Miguel Cendoroglo.

Os períodos de despertar estão maiores do que os que ocorriam antes, segundo o médico pneumologista que acompanha Maguito, Marcelo Rabahi. O emedebista está fazendo fisioterapia respiratória para o fortalecimento dos músculos respiratórios.

O prefeito eleito continua traqueostomizado com bom controle da oxigenação. Ele mantém diálise contínua e apresenta quadro hemodinâmico estável.

TRATAMENTO

No dia 20 de outubro, Maguito recebeu o resultado do exame testando positivo para a Covid-19. Dois dias depois, ele foi internado no Hospital Órion, em Goiânia. No dia 26 do mesmo mês, o candidato foi transferido para a UTI da unidade.

No dia 27 de outubro, o emedebista foi transferido para o para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Três dias depois, Maguito Vilela foi entubado pela primeira vez e no dia 8 de novembro saiu da entubação e permaneceu consciente na UTI. Na época, foi feita até uma nova foto do candidato no leito, fazendo sinal de “positivo”.

No dia do primeiro turno das eleições municipais, 15 de novembro, Maguito voltou a ser intubado para fazer uma broncoscopia. Ele estava na UTI, com ventilação mecânica invasiva, sedado e com as funções vitais preservadas. No dia 17, ele iniciou o tratamento renal com diálise e passou a utilizar a ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea).

No dia 24 de novembro, o emedebista fez uma traqueostomia. O procedimento foi feito em função do tempo prolongado de intubação. Na apuração dos votos, no segundo turno das Eleições Municipais, 29 de novembro, Maguito foi eleito prefeito de Goiânia. No dia seguinte, Daniel Vilela contou que o pai havia chorado ao saber da notícia.

No dia 30 de novembro e 1º de dezembro, Maguito passou por dois exames, que não detectaram a Covid-19. Com os resultados negativos, ele foi transferido da UTI especial para pacientes com a doença, para uma UTI comum. A transferência ocorreu na noite do dia 3 de novembro.

No dia 5 de dezembro, Maguito passou a seguir com o tratamento sem a ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea), que fazia a função dos pulmões. A suspensão da máquina foi possível devido a estabilidade do quadro e controle da oxigenação.

No dia 11 de novembro, Maguito teve que passar por uma cirurgia de emergência por conta de um sangramento pulmonar. Foi feito uma vídeotoracoscopia, uma cirurgia minimamente invasiva, para controlar o sangramento. Médicos consultados pela Sagres disseram que Maguito teve um hematoma (sangramento pleural) que foi drenado. Mas isso foi insuficiente para controle do quadro, então foi decido por uma vídeotoracoscopia, que permitiu o controle do sangramento.

Em agosto deste ano, o candidato perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de dez dias. Nelita e Nelma Vilela tinham, respectivamente, 82 e 76 anos e moravam em Jataí.