O  Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) foi criado em 1994 dentro do  Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele é um dos fundadores do MapBiomas, iniciativa de universidades, empresas de tecnologia e ONGs, que reúne dados sobre a cobertura e uso da terra no Brasil. Após sua consolidação nacional, em 2024, portanto, o laboratório celebra sua expansão internacional ao colaborar com instituições de todo o mundo.

No último sábado (22) o laboratório enviou à Áustria o doutorando Bernard Silva e a pesquisadora norte-americana Maria Hunter. Então, eles estarão no Geo-Open-Hack-2024, um evento de análises geoespaciais.

“Vamos trabalhar com computação de alta performance, com ótimas pessoas. Traremos essas tecnologias para a Universidade, para o Lapig, e também para a sociedade”, disse o pesquisador Bernard Silva.

Geoprocessamento

O professor Laerte Ferreira idealizou o Lapig UFG para ser o laboratório de geoprocessamento estratégico no mapeamento e monitoramento do uso e cobertura da terra em todo o país, com foco especial no Cerrado. O laboratório utiliza tecnologias e senadores remotos inovadores para avaliar a situação dos recursos naturais.

Como um dos fundadores da rede colaborativa MapBiomas, ele elabora mapas detalhados dos alertas de desmatamento pelo país. Assim, contribui com a fiscalização de crimes ambientais e na preservação ambiental.

Em 30 anos, o Lapig UFG tornou-se referência em análise de paisagens naturais e antrópicas. Durante esse período, realizou diversas parcerias nacionais com importantes siglas como a Embrapa Cerrados, o Inpe, o IBGE e com o Serviço Geológico do Brasil.

Entre os trabalhos marcantes do laboratório estão projetos desenvolvidos pela Nasa, Universidade de Stanford/Carnegie, Gordon and Betty Moore Foundation, World Resources Institute/Land & Carbon Lab e o Bezos Earth Fund. Em relação a países, o projeto da UFG tem trabalhos que envolvem países como Holanda, Áustria, Estados Unidos, Argentina e Paraguai.

Expansão no exterior 

É essa internacionalização que o Lapig UFG celebra em 2024. O laboratório nasceu com foco no Cerrado, mas desenvolve mapas anuais sobre todo o território nacional. E, portanto, destaca que a ciência aberta e colaborativa é pilar do seu DNA.

O Lapig recebe profissionais de todo o mundo e envia seus alunos e professores para diversos países também. Entre os pesquisadores que chegaram estão Michael Coe, que veio do Woodwell Climate Research Center (EUA) em 2014 e Robert Pontius, da Universidade Clark (EUA), que esteve por aqui em 2022 e em 2023.

Por outro lado, então, o laboratório enviou o estudante Vinícius Mesquita para a Irlanda e o Paraguai, Ana Paula Mattos e Lana Teixeira foram para a Indonésia e a Maria Hunter e o Bernard Silva estão agora na Áustria.

Soluções para o mundo

O Lapig é coordenado atualmente pela professora Elaine Silva. Em suas perspectivas futuras vislumbra ser um farol estimulante para as resoluções dos problemas do mundo e um local que proporciona a aprendizagem dos estudantes. 

Nessa visão de futuro, o Lapig acredita que as colaborações nacionais e internacionais enriquecem suas pesquisas e o posiciona como uma “organização de referência em mudanças ambientais e sustentabilidade em escala global”. 

Assim, vê-se como um “agente-chave na formulação de estratégias e políticas ambientais que poderão ser aplicadas mundialmente, contribuindo significativamente para os esforços globais de conservação e uso sustentável dos recursos naturais”.

*Com informações do Lapig UFG

*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 04 – Educação de qualidade e o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.

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