Belém-PA foi palco de um evento histórico e significativo para o futuro do planeta: a Pré-cúpula do Young 20 (Y20), Grupo Oficial de Engajamento de Juventude do G20. Pela primeira vez, o Brasil assumiu a presidência do evento, realizado na última semana, reunindo jovens de 29 delegações brasileiras e internacionais para discutir sustentabilidade e desenvolvimento. A Fundação Sagres foi uma das entidades convidadas a participar do lançamento e das discussões a favor da juventude.
A abertura do evento ocorreu no icônico Theatro da Paz, um dos espaços mais tradicionais de Belém, e contou com a presença de autoridades como o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, e o governador do Pará, Helder Barbalho.
Leia Mais | Messi lança chuteira feita de plástico e redes de pesca
Em seu discurso, Barbalho destacou a importância do desenvolvimento sustentável e do respeito aos povos da Amazônia. “A floresta viva vale mais que a floresta morta”, afirmou, incentivando os jovens a romperem barreiras e pensarem de formas disruptivas.
“O G20 é formado por duas trilhas, a econômica e a geopolítica. O presidente Lula criou uma terceira trilha, o G20 social, para que a participação da sociedade civil organizada possa influenciar as políticas públicas em todo o mundo”, ressaltou o ministro Márcio Macêdo.
Leia Mais | Evento do G20 em São Paulo propõe ações de combate à desinformação
A jovem delegada, Marrayan Sampaio, de 24 anos, fez um chamamento importante para que mais jovens se envolvam e garantam suas vozes nas decisões globais. Este reconhecimento da importância da participação cidadã é crucial para enfrentar os desafios contemporâneos, especialmente os relacionados ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
A escolha de Belém como sede do Y20 é particularmente simbólica, não só pela preparação da cidade para a COP 30 em 2025, mas também pelo posicionamento do Estado do Pará com a educação ambiental. A inclusão desta temática como disciplina obrigatória na grade curricular das escolas estaduais é um marco que visa preparar as futuras gerações para serem guardiãs do meio ambiente. Isso mostra uma visão de futuro, onde o desenvolvimento sustentável é um princípio fundamental.
Leia Mais | Projeto F20 levará questões sociais das favelas ao G20
Leia Mais | Valorização e formação dos professores é destaque em reunião do G20 sobre educação
Durante o evento, foram firmados acordos importantes, na oferta de cursos na área de economia criativa, e empreendedorismo. Além disso, uma linha de crédito do Banco do Estado do Pará foi lançada para apoiar jovens empreendedores. Essas iniciativas são essenciais para capacitar e empoderar a juventude amazônica, promovendo alternativas econômicas sustentáveis que são cruciais para a conservação da floresta.
O evento também marcou a adesão ao Plano Juventude Negra Viva, com diversas ações voltadas para reduzir as vulnerabilidades sociais e melhorar a qualidade de vida das juventudes negras amazônicas. Este enfoque inclusivo é vital para garantir que todos os jovens tenham a oportunidade de contribuir e beneficiar-se de um futuro mais sustentável e justo.
O evento Y20 em Belém representa um marco para a juventude e a sustentabilidade. Ele coloca os jovens amazônicos no centro das discussões globais, destacando a importância da Amazônia para o futuro do planeta. É uma oportunidade única para que os jovens se tornem líderes em suas comunidades e defensores da sustentabilidade, mostrando que é possível aliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental.
Leia Mais | Sagres Internacional – As reuniões do G20 e a COP26
[COP À COP]
– TRABALHADORES MARGINALIZADOS. Em Barcelona, mais de 3.000 recicladores informais, principalmente migrantes africanos, trabalham em condições precárias, ganhando cerca de 20 euros por dia. Eles coletam cerca de 115.000 toneladas de metal anualmente, contribuindo significativamente para a economia circular. No entanto, enfrentam marginalização social e laboral, sem reconhecimento oficial ou direitos trabalhistas. A população reconhece a importância desses trabalhadores e defende melhores condições e apoio institucional. Informações La Vanguardia.
– RESSIGNIFICAÇÃO PARISIENSE. Paris está transformando edifícios abandonados em espaços úteis, promovendo sustentabilidade e inovação. A cidade reutiliza esses locais para habitação, escritórios e centros culturais, reduzindo a necessidade de novas construções e o desperdício de recursos. Esse movimento ajuda a revitalizar áreas degradadas e a preservar o patrimônio histórico, promovendo uma urbanização mais sustentável e inclusiva.
– HABITAÇÃO CIRCULAR. A Dinamarca é pioneira em projetos de habitação social circular com o “Circle House”, que utiliza materiais recicláveis e práticas de construção sustentável. Este modelo reduz o impacto ambiental e promove a economia circular, servindo como exemplo para habitações futuras em escala global. O projeto destaca a importância de soluções habitacionais que conciliem sustentabilidade e acessibilidade.
– AÇÃO MAIS ENÉRGICA. Uma pesquisa da ONU, conduzida pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud) e pela Universidade de Oxford, revela que 85% dos brasileiros apoiam ações climáticas mais rigorosas. Globalmente, 80% dos entrevistados desejam medidas mais firmes contra a crise ambiental, e 86% pedem cooperação internacional para mitigar as mudanças climáticas. No Brasil, 81% apoiam a rápida eliminação dos combustíveis fósseis, e 70% relataram experiências com eventos climáticos extremos recentemente. A pesquisa destaca um amplo consenso sobre a necessidade de ação climática urgente. Informações Midia Talks/UOL.