O Vila Nova entra em campo amanhã(18), para enfrentar o Brasiliense pelo jogo de volta da semifinal da Copa Verde. A partida acontece no Estádio Serejão em Taguatinga – DF, às 15h30 e o time colorado precisa tirar uma desvantagem de dois gols, construída no primeiro jogo.

Após uma sequência de vários jogos muito próximos um do outro, dessa vez o Vila Nova teve três dias para se recuperar e trabalhar. Márcio Fernandes em entrevista coletiva comentou se esse tempo coloca o time em condições de brigar pela classificação para a decisão da Copa Verde.

“Esse é o nosso intuito, esperamos que a equipe possa ter recuperado. Procuramos fazer o máximo para que eles pudessem ter uma recuperação, o mais rápido possível e a gente espera que os jogadores possam estar em condições de se apresentar bem. No jogo passado não tivemos a mesma condição física e mental das outras partidas, acho que a sequência foi muito difícil e acarretou num desgaste muito grande”, comentou Márcio Fernandes.

Críticas

O comandante colorado ainda ressaltou o momento vivido pelo clube, em meio a transição de saídas e chegadas de atletas e com isso, um elenco reduzido para essa reta final da Copa Verde. Isso por que, os jogadores que estão chegando, não podem atuar na competição por já ter encerrado o prazo de inscrição.

“Às vezes a gente recebe críticas e quando vejo que são construtivas pra que a gente possa melhorar, eu realmente entendo. Mas às vezes são críticas que as pessoas não sabem o que está acontecendo. No jogo contra o Jaraguá eu fui obrigado a tirar o Maurinho por que ele não vinha jogando e entrou no jogo contra o Cuiabá depois de ter a COVID. Você sabe que essa doença deixa a pessoa aparentemente recuperada mas deixa muitos problemas. Ele jogou contra o Cuiabá mas sentiu, teve que sair do jogo, apesar de ter feito uma grande exibição. E a recuperação pro jogo contra o Jaraguá foi quase que nenhuma. Então a gente segurou o Maurinho e aí recebemos várias críticas por isso. Eu não tiro jogador simplesmente por tirar, eu tiro mediante ao que é passado pra gente pelo departamento físico e fisiologia”.

Ainda na mesma resposta, Márcio continuou a explicação.

“Utilizamos o Pedro Júnior contra o Jaraguá, pois ele não podia atuar na Copa Verde e também não estava desgastado, pra que a gente pudesse ter força naquele jogo. E quando precisamos com um tempo menor, em que o Maurinho pudesse aguentar, a gente colocou ele em campo. A sequência pra esse jogador tem que ser devagar. A primeira vez que ele atuou noventa minutos foi contra o Brasiliense. Pra esse próximo jogo, ele já tem dificuldade na recuperação por vir de COVID e temos que ter calma. Então a gente recebe críticas e eu mexi foi por isso, não foi à toa. E você tendo poucas opções, é claro que fica muito mais difícil. Jogadores estão chegando, vão nos ajudar, mas não podem ser utilizados na Copa Verde. Então por isso, as opções que temos são poucas. É algo desumano, mas é o que temos que fazer, não tem jeito”, detalhou Márcio Fernandes.

Rodízido de jogadores

Após a derrota para o Brasiliense no Onésio Brasileiro Alvarenga, o presidente executivo Hugo Jorge Bravo concedeu entrevista coletiva e assumiu a responsabilidade pelo desgaste dos jogadores considerados titulares. Isso por que, houve possibilidade de poupar alguns jogadores em determinados momentos e o presidente pediu para a comissão técnica que mantivesse sempre o time titular. Márcio Fernandes foi perguntado sobre isso e também esclareceu essa situação.

“O presidente assim como nós, quer sempre o melhor pro clube e a gente entende isso. E ele também entendeu que não havia nenhuma condição de manter o time em todos os jogos. Tentamos fazer isso, mas uma hora a conta chega, não tem como, não são máquinas. A recuperação é quase que nenhuma e pra ver, o melhor preparo físico do nosso time, saiu com seis minutos de jogo, que foi o Pedro Bambu. Então por ali, você vê que um cara que tem um dos melhores preparos físicos da equipe e sai com seis minutos de jogo, algo tá errado, então a recuperação realmente não é a ideal”.

Finalizando a mesma resposta, o técnico colorado lembrou da redução no elenco, o que impossibilitou poupar jogadores. Outro ponto destacado foi que os jogadores recém contratados não podem atuar pela Copa Verde e compreendeu a necessidade da CBF em marcar os jogos tão próximos uns dos outros, por conta do calendário apertado, devido a pandemia.

“Eu entendo a CBF em ter marcado alguns jogos assim, mas é desumano jogar essas decisões de dois em dois dias, então não tem como. A gente precisaria fazer um rodízio realmente, mas as opções foram reduzindo e os jogadores que chegaram não puderam ser inscritos nessa competição e acabamos ficando limitadíssimos. Pedimos desculpas ao nosso torcedor, mas esses jogadores foram realmente no limite. Pra esse jogo de quinta, já espaçou mais os dias, esperamos que haja uma recuperação melhor, mas de dois em dois dias, não existe recuperação nenhuma”, concluiu Márcio Fernandes.