O Vila Nova entra em campo amanhã(23), para disputar a primeira partida da final da Série C, diante do Remo. O jogo acontece no Onésio Brasileiro Alvarenga, às 17 horas e no sábado da semana que vem, a última partida ocorre em Belém – PA. Se ocorrer uma vitória pra cada time com a mesma diferença de gols ou dois empates, a decisão do título será nas cobranças de pênaltis.

Na tarde desta sexta-feira(22), o técnico Márcio Fernandes concedeu entrevista coletiva e falou sobre não ter tido tanto tempo para preparar o time, visando esse primeiro jogo. O elenco colorado retornou de Itu na última segunda-feira, se reapresentou na terça, mas houve a preparação para o jogo do Campeonato Goiano, que terminou empatado em um a um, diante do CRAC. Até por conta dessa outra partida, quando perguntado se deu pra trabalhar o time visando a final, Márcio considerou o tempo de preparação insuficiente.

“Quase nada, tivemos que ir para Ipameri pra jogar contra o CRAC e não deu pra dar uma atenção melhor para o time. Voltamos hoje, que deu pra fazer alguma coisa e a gente fica reduzido de opções, por que é muito desgastante, faremos cinco jogos em sete dias. Então, é desumano a gente querer que o jogador tenha o rendimento do jeito que a gente espera. Não há tempo hábil pra recuperação e estamos fazendo o possível, pra representar o Vila Nova, da melhor maneira possível”, explicou.

Em 2015 o técnico Márcio Fernandes conquistou o título da Série C pelo Vila Nova. Agora o treinador terá a oportunidade de ser campeão pela segunda vez, e novamente, comandando o time colorado. O comandante colorado fala sobre essa possibilidade e a importância do título.

“É o ápice né, a cereja do bolo. Reunimos nossos familiares, marcamos a festa, agora, precisamos colocar a cereja no bolo, pra realmente concretizar o objetivo maior, que é ser campeão. Quando a gente entra numa competição, entramos pra chegar na final do campeonato. Já estamos na final, agora é fazer nosso melhor. Vamos enfrentar uma equipe fortíssima que fez uma campanha maravilhosa e também está buscando o título. Agora é buscar o título pra premiar nossa torcida que espera muito por isso”.

Para o primeiro compromisso entre as duas equipes amanhã(23), o Remo chega cheio de desfalques por conta do COVID-19. São 11 jogadores indisponíveis e também integrantes da comissão técnica, inclusive o técnico Paulo Bonamigo. O comandante colorado entende que isso não facilitará as coisas para o Vila Nova, por considerar o elenco adversário muito capacitado.

“Muito se fala sobre os jogadores do Remo que pegaram COVID, mas o time que vão colocar em campo, é muito competitivo. Eu trabalhei lá, conheço todos os jogadores, então, esse negócio de falar que o Remo vem desmontado, não é verdade. Eles tem uma equipe muito qualificada e vai ser um jogo muito difícil. Temos que jogar bastante para que possamos conseguir nosso objetivo e essa carga que estão passando pra gente, não é a verdade. Time muito competitivo, jogadores que estão entrando se não foram titulares, foram quase. Tirando o lateral esquerdo, o Laílson, todos já foram titulares no Remo. Então, não é uma equipe que a gente pode ficar falando que por causa do COVID, vem totalmente mudado ou fraco. É uma equipe muito forte, que vai dificultar muito pra gente”, analisou Márcio Fernandes.

Se por um lado o Remo está cheio de desfalques, por outro, o Vila Nova não conta apenas com o meia Biancucchi. O jogador foi expulso logo após ter feito o gol que classificou o Tigre para a Série B e terá que cumprir a suspensão automática. Tirando essa baixa, o técnico Márcio Fernandes poderá contar com todo o restante do elenco, inclusive, os jogadores considerados titulares. A tendência é que não haja mudança na escalação do time, em relação ao último jogo, mas se houver, Márcio entende que quem entrar, precisa dar o máximo, agarrar a oportunidade, por vários motivos.

“Pra esse jogo não podemos contar com o Biancucchi. Acho que os jogadores que estão fora, que tem a oportunidade de entrar num jogo desse, onde a imprensa nacional vai passar o jogo, ser titular de um time que pode ser campeão, acho que não tem cenário melhor. O cara tem que se doar, fazer uma grande partida e colocar uma dúvida na cabeça dos dirigentes, do treinador, até em relação a continuidade no clube. Se não for no clube, pra outro clube onde possa ser valorizado, por ter chegado na final e isso é a certeza de ter feito um trabalho perfeito”, concluiu.