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Rubens Salomão

Marina Silva diz que países devem “tirar o pé do acelerador” das energias fósseis

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu neste sábado (9) a criação de uma instância mundial para que os países possam debater e negociar a eliminação dos combustíveis e energias fósseis. A proposta foi feita durante seu discurso na COP28, a conferência da ONU sobre a crise do Clima, que este ano acontece em Dubai.

“É claro que todos os países colocam o pé no acelerador das energias renováveis, mas também precisamos fazer o inadiável simultâneo esforço entre países consumidores e produtores para tirar o pé do acelerador das energias fósseis”, afirmou Marina, durante o diálogo de alto nível de ministros sobre ambição climática pré-2030.

Ela também reforçou aspectos do discurso feito pelo presidente Lula (PT) na própria COP28. “É imperativo eliminar, o mais rápido possível, a dependência de nossas economias dos combustíveis fósseis”, afirmou a ministra, ressaltando que os países desenvolvidos devem liderar o processo. Na abertura da COP28, no último dia 30, Lula fez dois discursos e citou a necessidade diminuir a dependência de combustíveis fósseis.

NERGIAS FÓSSEIS MARINA SILVA
Foto: Ministra Marina Silva em discurso no último fim de semana da Conferência. (Crédito: COP28 / Mark Field)

Energias fósseis

“É hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis”, afirmou Lula. A declaração tem leitura, pela ala ambientalista do governo, como uma sinalização de apoio à transição energética.

Controvérsia

No entanto, já no sábado (2), o presidente confirmou que o país aceitaria o convite de integrar a Opep+, grupo expandido da associação dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Lula argumentou que o papel brasileiro seria convencer os membros da organização sobre a transição energética para alternativas às energias fósseis.

Debate

A justificativa, no entanto, gerou desconfiança, já que o governo federal ainda não apresentou uma discussão nacional sobre o abandono gradual dos investimentos em combustíveis fósseis.

Petróleo

Na mão contrária da intenção anunciada, o governo federal tenta uma licença para pesquisar a exploração petrolífera na região da Foz do Amazonas. Prepara ainda, para esta quarta-feira (13), logo após a conclusão da COP28, um leilão de 600 blocos de petróleo.

Conclusão

O debate sobre a eliminação dos combustíveis fósseis se tornou uma disputa central. Inclusive para a elaboração de um documento amplo que deve ter conclusão até o final da COP28. O fim da conferência está marcado para terça (12), mas pode ter adiamento.

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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)ODS 13  Ação Global Contra a Mudança Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

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