A quarta-feira pode estar reservada para uma classificação esperada para a próxima fase da Copa do Brasil, mas o Atlético precisa estar atento aos detalhes e aos números ruins. Quem tenta não se prender apenas nisso e sim na atuação do time em campo é o técnico Marcelo Martelotte, que confessa um incômodo após os dois últimos jogos, mas tenta não se preocupar tanto com a ausência de vitórias ou com o número de gols sofridos.

Fato é que o Dragão não sabe o que é vencer desde a final do Campeonato Goiano, quando bateu o rival Goiás por 1 a 0, gol heroico do zagueiro Lino. De lá pra cá foram cinco jogos, com quatro empates e uma derrota. Para piorar, a defesa rubro-negra sofreu 10 gols nesses cinco jogos, uma média considerada alta pelo histórico da temporada. Martelotte reconhece os números, mas “dá de ombros” quanto a importância deles para os próximos jogos.

“Poderia incomodar mais, esses retrospectos são muito relativos. A gente teve uma derrota nesse meio do caminho depois de dois meses sem perder e até aquele momento, até os empates que a gente vinha tendo eram positivos, porque se somava jogos de invencibilidade. A partir do momento que sofremos uma derrota, isso se reverte. O que vale mais é a próxima partida e a gente busca corrigir pequenos defeitos que nos custaram resultados melhores”

O Dragão encara o ABC-RN nesta quarta-feira, às 20h30, no Serra Dourada, pela Copa do Brasil, e mira justamente quebrar essa sequencia sem vitórias. Se passar pelo time potiguar, o Dragão encara na próxima fase o Novo Hamburgo-RS, adversário menos tradicional que Vitória ou Joinville, times superados pela equipe gaúcha. Martelotte prefere não pensar na próxima fase, por enquanto, e não acha que por enfrentar um time considerado pequeno seria uma motivação a mais contra o ABC.

 “Uma competição como essa a gente acaba se motivando a cada fase, não dá para avaliar a trajetória na frente e avaliar alguma facilidade. Você tem que avaliar a cada fase e a gente tá concentrado nesse momento contra o ABC. Tem muita coisa ainda até a fase seguinte, muito vai acontecer, a gente sabe que dois meses, dois meses e meio é muito tempo pra você deixar de pensar só no ABC. Estamos concentrados e caso a gente passe, aí a gente começa a pensar na próxima fase”