Muito se ouviu falar em “título invicto” por parte do Goiás, e por muito tempo, o rival se manteve calado. Mas, a hora chegou para um quase desabafo. O técnico Marcelo Martelotte já havia comentado durante a fase de classificação que não se poderia falar em título invicto já que o campeonato não havia acabado. Neste domingo, ele acabou, deu Dragão e o treinador relembrou essa situação, cutucando o rival esmeraldino.

“O mais importante, e eu falei isso no dia que empatamos por 1 a 1, tomando um gol aos 47, de pênalti, contra o Goiás: ali existia uma questão precipitada, que era julgar o título invicto do Goiás. O campeonato não tinha campeão. Esse negócio de invencibilidade só vem depois que o título acontece. Pra ser campeão invicto, o Goiás precisava ser campeão primeiro. Essa invencibilidade caiu aos 48min do 2º tempo, e era o que gente precisava pra ser campeão”, apontou.

Na entrevista do técnico do Goiás, Claudinei Oliveira, que inclusive trabalhou com Martelotte no Santos, o treinador esmeraldino falou em “injustiça” e destacou que o campeonato deveria premiar o melhor e não ter uma final. Já antecipando isso, ainda no campo de jogo, Martelotte relatou que o Atlético teve mérito e que por ter decisão, é preciso saber decidir.

 “Eu sei que muita gente vai falar da campanha, realmente o Goiás fez a melhor campanha durante o campeonato, teve capacidade pra isso, mas não adianta, o campeonato prevê a semifinal e a final. Nós tivemos um mérito muito grande, que foi jogar bem as partidas decisivas. Todo o campeonato que tem uma decisão, quem joga melhor a decisão, ganha”, resumiu.