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O cirurgião plástico Rogério Morale de Oliveira, responsável pela cirurgia na modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, morta no último domingo durante um procedimento para implantação de silicone nos seios, em Goiânia, negou “negligência” em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (5). 

A modelo, que morava em Jataí, teve uma parada cardíaca durante a cirurgia no Hospital Buriti, no Parque Amazônia, em Goiânia, chegou a ser transferida para o Hospital Monte Sinai, que possui UTI, mas não resistiu.

Segundo o médico, “todo o procedimento foi realizado de acordo com as normas técnicas adequadas e com a assistência de profissionais anestesistas”.

“Em nenhum momento houve negligência ou imperícia de minha parte ou de qualquer outro componente da equipe médica”, argumenta ainda.

Na nota, o médico defende que o risco é inerente a todo ato cirúrgico e nem todo mal resultado quer significar que houve “erro médico”.

Por último, o cirurgião diz se solidarizar com a dor da família e finaliza. “O laudo pericial, dentro de alguns dias, trará, com certeza, uma resposta científica e segura para esta fatalidade que tanto lamentamos”.

Veja a nota na íntegra

“No último dia 1º de dezembro, participei como cirurgião plástico, do ato cirúrgico para colocação de prótese mamária na Srta. Louanna Adrielle Castro Silva.

Todo procedimento foi realizado de acordo com as normas técnicas adequadas e com a assistência de profissionais anestesistas, em Centro Cirúrgico equipado do Hospital Buriti.

Durante a cirurgia a paciente apresentou 2 (duas) paradas cardíacas que foram revertidas, de imediato, pela equipe médica.

Após a estabilização do quadro clínico, a paciente foi transferida para UTI do Hospital Monte Sinai, onde chegou estável e em bom estado geral, mas, por causa ainda não esclarecida, veio a falecer neste mesmo Hospital, após algumas horas.

As causas das paradas cardíacas estão sendo investigadas, mas posso afirmar que em nenhum momento houve negligência ou imperícia de minha parte ou de qualquer outro componente da equipe médica.

Frise-se que apesar do avanço tecnológico e científico, lamentavelmente, fatalidades ainda podem ocorrer no exercício da Medicina. O “risco” é, e sempre será, inerente a todo ato cirúrgico e nem todo mal resultado quer significar que houve “erro médico”.

Sabemos que a dor enfrentada pela família é indescritível, e dela compartilhamos. O Laudo Pericial, dentro de alguns dias, trará, com certeza, uma resposta científica e segura para esta fatalidade que tanto lamentamos.

Dr. Rogério Morale de Oliveira
CRM 10.728-GO/ 94.161-SP
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Graduado e Especializado em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Unicamp-SP”.