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Rubens Salomão

Mendanha: “problemas” entre Caiado e Bolsonaro “atrapalharam muito o estado”

Depois de confirmar pré-candidatura a governador de Goiás e realizar evento político com ex-prefeitos no sábado (12), o ainda prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), voltou a buscar o apoio de bolsonaristas, em live realizada nas redes sociais na noite deste domingo (13). Mendanha esboçou críticas ao governador Ronaldo Caiado (UB), prometeu levar acertos da gestão em Aparecida para o estado, caso eleito, e manter bom diálogo com o governo federal. Algo que, segundo ele, não foi possível por conta do afastamento entre Caiado e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Buscar ter um diálogo com o presidente da República. O estado perdeu muito pelo fato de o governo sempre ter problemas com o presidente, discussões. Isso atrapalhou muito o nosso estado de Goiás”, avaliou Mendanha na transmissão feita pelo instagram. O governador Ronaldo Caiado mantém relação política distante de Jair Bolsonaro, e, apesar de trocas de farpas eventuais, tem valorizado ações administrativas da União em Goiás, além da assinatura do presidente para adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal.

Ainda na live, Mendanha ensaiou discurso para a disputa eleitoral de outubro e garantiu que vai se filiar a um partido ainda nesta semana, antes de se desincompatibilizar do cargo de prefeito, o que ocorrerá no dia 31 de março, às 17h. “Para levar de fato a infraestrutura, ter o governo presente. Ter as portas do palácio sempre abertas e não só em momentos eleitorais. Buscar fazer programas que não sejam apenas programas eleitoreiros, mas que sejam programas permanentes e que de fato alcancem as pessoas que tanto precisam do estado”, apontou o pré-candidato.

Foto: Gustavo Mendanha com apoiadores em evento de ex-prefeitos, no sábado (12). (Crédito: Divulgação)

Pelo agro

Mendanha ainda fala de “ter um olhar pela cidade, mas também ter um olhar pelo campo”. “Podem ter certeza que nós vamos trabalhar muito e vamos planejar e executar e buscar as parecerias que sempre buscamos”.

Funcionalismo

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) deve retomar nesta semana articulação iniciada por Iris Rezende ainda no início de 2019 com o objetivo de definir novo plano de carreira para servidores administrativos da prefeitura. A conversa ocorre com o Sindigoiânia, via presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (Patriota).

Foto: Iris Rezende recebeu Romário Policarpo e servidores em fevereiro de 2019. (Crédito: Divulgação)

Previsão

A expectativa é de que sejam realizadas reuniões técnicas sobre os possíveis impactos da proposta anterior para as contas do Paço Municipal. A retomada ocorre em meio à queda de ocupação de leitos e novos casos de covid. A pandemia foi fator decisivo para a paralisação do assunto, ainda na gestão passada.

Passado

Em encontro realizado por iniciativa do presidente da Câmara de Goiânia, em fevereiro de 2019, o então prefeito Iris Rezende aceitou a minuta de reformulação das carreiras e determinou análise da proposta na Secretaria de Finanças, com ordem para envio imediato para apreciação e aprovação da Câmara de Goiânia. A análise travou na Sefin até a chegada da pandemia.

Renúncia

O governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (União Brasil), renunciou ao cargo na Assembleia Legislativa. A carta de denúncia foi protocolada na sexta-feira (11), antes do segundo turno da votação no processo de impeachment que definiria se seria aberto um tribunal misto para julgar o governador por crime de responsabilidade.

Motivos

“Para mim, cheguei num limite. Um limite que é insuportável um ser humano aguentar tanta mentira, tanta bagunça, como eles estão fazendo na minha vida. Estou me retirando do governo para que eles continuem esse governo, para que o estado não se prejudique mais do que está”, escreveu o ex-governador.

Objetivo

Na carta de renúncia, Carlesse ainda afirma que a decisão de se afastar do cargo “tem como finalidade precípua apresentar de forma tranquila e serena sua defesa junto ao Poder Judiciário em relação às injustas e inverídicas acusações que lhe foram imputadas”.

Foto: Presidente Bolsonaro posa para fotos com apoiadores em posto de gasolina, em Luziânia. (Crédito: Divulgação)

Crítica

Em meio à disputa com a equipe econômica para também zerar impostos federais no valor da gasolina, assim como ocorreu com o gás de cozinha e o diesel, o presidente Bolsonaro voltou a mostrar seu descontentamento com a Petrobras, que decidiu reajustar os preços dos combustíveis na última quinta-feira (10).

Petrobras Futebol Clube

“Lamento, porque poderia ter esperado mais um dia [para anunciar o aumento]. A Petrobras demonstra que não tem qualquer sensibilidade com a população. É Petrobras Futebol Clube, o resto que se exploda. Se tivesse atrasado um dia”, argumentou durante conversa com jornalistas em Luziânia, no entorno do DF.

Resposta

No mesmo dia, a estatal tentou se defender com a divulgação de um vídeo. “A Petrobras não é a única fornecedora de combustíveis do país. Mais da metade do abastecimento de carros e motos no Brasil vem de outras empresas”, diz o texto de apresentação feita pela comunicação da empresa.

Política de preços

“O preço do petróleo e dos combustíveis registrou expressivas altas no mundo todo. Ainda assim, a Petrobras não repassou imediatamente, pois não transmite volatilidade e sabe da importância de contribuir com combustível acessível. A Petrobras ficou 57 dias sem reajustar gasolina e diesel”.

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