Um homem de 53 anos foi preso no município de Goianira, região metropolitana de Goiânia, suspeito de abusar sexualmente e engravidar uma criança de apenas dez anos de idade. A mãe da menina também foi presa. Segundo a Polícia Civil (PC), a mulher era conivente com os abusos, que aconteciam há cerca de oito meses.

A denúncia foi feita por agentes de um posto de saúde do município que acionaram o Conselho Tutelar, depois de constatada a gravidez na criança. O delegado Ariel Oliveira Martins, responsável por investigar o caso, em entrevista entrevista exclusiva ao repórter Jerônimo Junio, da Rádio 730, afirma que o homem é caminhoneiro e trouxe a mulher e a criança de Eldorado dos Carajás, no Pará, com a intenção de ajudá-las.

“No interrogatório, o agressor contou para nós que no início não tinha nenhuma relação com a mãe nem com a criança. Segundo ele, recentemente essa criança de dez anos passou a se insinuar para ele, e ele se sentiu seduzido e não resistiu à essa investida da menina, segundo ele, e passou a ter relações com essa criança há cerca de oito meses. E a criança acabou por engravidar”, relata o delegado.

Ainda segundo Ariel Oliveira, o homem a mãe da menina suspeitaram que ela pudesse estar grávida quando começou a passar mal. Com o acionamento do Conselho Tutelar por parte da unidade de saúde, a PC instaurou inquérito para investigar o caso, que resultou no pedido de prisão preventiva do suspeito da agressão e também a prisão da mãe, que tinha o consetimento dos atos.

“Ambos tratavam com muita naturalidade tudo isso. A mãe disse à polícia que ‘de lá de onde eu venho, é natural e comum’ as crianças já de dez anos terem esse tipo de conduta, o que nos causou muita estranheza”, ressalta.

Uma psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Goianira foi chamada para fazer o acompanhamento da criança. O delegado conta que uma primeira análise constatou que a menina pode sofrer da síndrome de Estocolmo, que é quando a vítima passa a se identificar com o criminoso.

Neste momento, a criança, que está em um abrigo longe do convívio com a mãe e o caminhoneiro, está sob os cuidados do poder judiciário e do Conselho Tutelar, que deverá definir o futuro da menina.