Já é fevereiro, mas ainda acho que há tempo para uma coluna com projeções e planos para 2025. Caso você já tenha se cansado dessas publicações, me perdoe, mas prometo ser objetiva (pelo menos a objetividade aos meus termos, que ainda assim costuma gerar caracteres consideráveis). 

O importante é que, após conversar com alguns amigos leitores, percebi que poderia ser legal compartilhar com mais pessoas a espécie de ‘desafio’— palavra ótima para os competitivos como eu. Por isso, estabeleci algumas categorias de livros para me ajudar nas escolhas dos títulos que irão me acompanhar mês a mês.

Por que decidi fazer isso?

Inspirada pela temporada do meu próprio programa, confesso. Caso você tenha perdido as últimas notícias do que está acontecendo no Literando — o espaço para Literatura aqui na Sagres — tivemos uma segunda temporada toda voltada para os gêneros textuais e literários. 

Assim, conforme eu ia entrevistando tantos autores incríveis e afundados na boa escrita em diferentes propostas, tive a certeza de que 2025 precisava ser um ano de leituras mais variadas. E como não costumo perder a oportunidade de transformar algo  “listável” em uma lista, agarrei a chance. Sempre digo que para o desejo não virar só intenção ou, no melhor dos cenários, um plano engavetado no fundo dos pensamentos, é preciso colocar algo bem determinado à vista. Nesse caso, ajuda se a decisão vier com uma data. Dessa forma, a “intenção” vira compromisso.

Seguindo essa lógica, listei alguns tipos de leituras e as distribuí ao longo dos meses. Aviso: você não precisa seguir exatamente a mesma ordem e nem mesmo as ideias, algumas coisas podem não fazer sentido em sua realidade. Por exemplo, há duas categorias que estão diretamente ligadas à minha fé e, claro, você pode substituí-las por aquilo que mais lhe faz brilhar os olhos. Se fazer você ler, já está valendo.

Recomendações

A seguir, vou listar as categorias que criei e aproveito para adicionar um exemplo de livro para cada uma. Ainda não sei quais serão os livros que vou delimitar para cada mês, talvez eu siga as recomendações que escolhi recomendar nesse texto, mas provavelmente vou me deparar com livros ao longo do ano que irão fazer com que eu reveja as minhas opções. Existe tanto livro bom no mundo e é difícil não se deixar influenciar. Mas, afinal, não é esse o barato de ser leitor? (jovens ainda usam “barato” em uma frase? Não sei, eu adoro usar).

Janeiro: um clássico nacional

“Água Viva” escrito por Clarice Lispector. Ano de publicação: 1973

Fevereiro: um livro escrito por um autor latino

“Cem anos de solidão” escrito pelo colombiano Gabriel García Marquez. Ano de publicação: 1967

Março: um livro escrito por uma mulher

“Três” escirto pela francesa Valérie Perrin. Ano de publicação: 2023

Abril: Uma biografia

“Prólogo, ato, epílogo” por Fernanda Montenegro. Ano de publicação: 2019

Maio: um livro que virou filme

“Ensaio sobre a cegueira” do português José Saramago. Ano de publicação: 1995

Junho: um livro de crônicas

“A boboleta amarela” com crônicas publicadas entre 1950 e 1952.

Julho: um livro em inglês

“The road trip” escrito pela britânica Beth O’Leary. Ano de publicação: 2021

Agosto: um livro sobre a História

“Vozes de Tchernóbil” de Svetlana Aleksiévitch. Ano de publicação: 1997

Setembro: um livro vencedor do Nobel

“Os anos” da francesa Annie Ernaux, vencedora do Nobel de Literatura em 2022. Ano de publicação: 2008

Outubro: um livro sobre a Reforma Prostestante

Ano de publicação: 2021

Novembro: Livro escrito por um autor negro

“Memórias póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Ano de publicação: 1881

Dezembro: um livro sobre o Natal

“Uma canção de natal” de Charles Dickens. Ano de publicação: 1843

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